Ataques à Moldávia indicam nova frente de guerra, alertam autoridades
Apesar de acusada, Rússia nega autoria das explosões e diz estar acompanhando a situação de perto
Autoridades ucranianas e norte-americanas alertaram, na noite de 3ª feira (26.abr), para uma série de ataques inexplicáveis em Moldávia, país vizinho da Ucrânia, o que pode indicar uma nova frente de guerra promovida pelo exército russo. Segundo informado, os bombardeamentos foram registrados na região separatista da Transnístria, apoiada pela Rússia.
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"Continuamos preocupados com qualquer tentativa potencial de escalada de tensões", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price. "Ainda não sabemos todos os detalhes, mas reiteramos o apelo à calma do governo moldavo em resposta a esses incidentes e apoiamos plenamente a integridade territorial e a soberania da Moldávia", completou.
Os ataques mencionados são referentes à destruição de um prédio de segurança do governo da Transnístria, bem como de uma torre de comunicação e de uma unidade militar, fazendo com que os líderes da região convocassem uma reunião de emergência do conselho de segurança. Para a Ucrânia, ambos os incidentes foram planejados e provocados pela Rússia.
O governo de Moscou, no entanto, nega a autoria dos ataques e diz estar acompanhando de perto a situação na região separatista. "A única coisa que posso dizer é que estamos a acompanhar com muito cuidado a forma como a situação se desenvolve na Transnístria. Sem dúvida, as notícias que chegam de lá causam preocupação", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
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A Transnístria se separou da Moldávia após uma breve guerra civil em 1992, depois do desmembramento da União Soviética, da qual tanto Moldávia como Ucrânia faziam parte. Apesar da região separatista, que possui quase 500 mil habitantes, ter a própria moeda, o governo é extremamente dependente da Rússia, que fornece gratuitamente gás para o território, além de ter 1,5 militares posicionados em solo.
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