Número de refugiados da Ucrânia na Europa ultrapassa 4 milhões
Grupos procuram abrigo principalmente em países fronteiriços, como Polônia e Romênia
O programa de monitoramento da Organização das Nações Unidas (ONU) apontou, na manhã desta 4ª feira (30.mar), que o número de pessoas em situação de refúgio da Ucrânia na Europa ultrapassou a marca de 4 milhões. Destes, quase metade são crianças e adolescentes, além de 200 mil cidadãos de outras nacionalidades. A movimentação, segundo a comunidade internacional, é a maior desde a Segunda Guerra Mundial.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A Polônia é o país que mais recebeu refugiados ucranianos nas últimas quatro semanas. No total, 2,3 milhões de pessoas encontraram abrigo no país, enquanto outras foram para a Romênia (608 mil), Moldávia (387 mil), Hungria (364 mil) e Eslováquia (281 mil). Alguns civis também procuram proteção em regiões da Rússia (350 mil) e Belarus (10 mil). Ao todo, a ONU estima que mais de 10 milhões de pessoas estão deslocadas dentro e fora do país.
"A escala do sofrimento humano e do deslocamento forçado devido à guerra excede em muito qualquer planejamento de cenário pior. Responder às necessidades daqueles deslocados e retidos internamente na Ucrânia é nossa prioridade máxima, mas precisamos que as hostilidades cessem para poder alcançar pessoas em áreas severamente fetadas", disse o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), António Vitorino.
+ Rússia diz que recuo de tropas na Ucrânia não significa cessar-fogo
A ofensiva russa na Ucrânia já ultrapassa um mês e continua mediante negociações entre as delegações de ambos os países. Ontem (29.mar), uma nova rodada de acordos terminou com mais exigências, mas o cenário mostrou-se positivo para o avanço de um possível cessar-fogo. O progresso, segundo os representantes, aconteceu principalmente devido à abertura do governo ucraniano de adotar o status neutro em troca de garantias de segurança. Hoje, os líderes devem se reunir novamente para prosseguir com as conversas.
Veja também:
+ Chefe da Agência Internacional de Energia Atômica vai à Ucrânia
+ Executivo afirma que Roche está perdendo dinheiro na Rússia
+ Recuperação do turismo global pode ser afetada por conflito na Ucrânia