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Jornalismo

Zelensky reconhece que Ucrânia pode não entrar para a Otan

Presidente afirma que, apesar de discursos positivos, ingresso na aliança não se comprova na prática

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Declaração de Zelensky acontece no 20º dia da ofensiva russa na Ucrânia | Divulgação/Ministério da Defesa da Ucrânia
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, nesta 3ª feira (15.mar), que o país pode não entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Em discurso por videoconferência com líderes de Estado, o presidente enfatizou que o governo precisa formatar novos meios para garantir a segurança do território, com, por exemplo, mais alianças internacionais. 

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"Enfatizamos que precisamos de novos formatos de interação, uma nova determinação. E se não podemos entrar de portas abertas da Otan, devemos cooperar com as comunidades que nos ajudarão e ter garantias separadas. Gostaríamos de ter garantias confiáveis que funcionem para nós", disse Zelensky, ressaltando que apesar dos discursos do Ocidente, a entrada do país na aliança não se comprova na prática.

Por outro lado, o líder ucraniano pediu, novamente, que os países-membros da organização aumentem a pressão contra a Rússia e imponham novas sanções ao país para quebrar a economia local. Segundo ele, muitas empresas mundiais que introduziram restrições ao mercado russo ainda não deixaram o país. 

"Não há mecanismo internacional para influenciar as corporações hoje. Se eles [empresas] ignorarem o sangue, não há nada que o mundo possa fazer. O que acontece aqui é a pior guerra desde a Segunda Guerra Mundial. Isso precisa ser resolvido. A política de sanções deveria ser aquilo que ninguém pudesse sequer pensar em guerra. A questão não está apenas na Rússia - a questão está no futuro: o que mais pode ser", frisou Zelensky.

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A ofensiva russa na Ucrânia chega ao 20º dia e mais de 3 milhões de pessoas já estão em situação de refúgio. Uma nova rodada de negociações deve acontecer ainda hoje entre os representantes dos países. De acordo com o negociador e conselheiro ucraniano, Mykhailo Podolyak, entre os temas abordados estão um possível cessar-fogo e a retirada das tropas russas do país.

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