Grávida e bebê morrem após explosão em maternidade na Ucrânia
Segundo cirurgião, paciente foi atendida já com a pélvis esmagada e o quadril descolado
Uma mulher grávida e seu bebê morreram após um bombardeio russo atingir um hospital infantil de Mariupol, no leste da Ucrânia, onde ela estava em trabalho de parto. Apesar de ter sido resgatada imediatamente pelas equipes de socorristas locais e levada a um outro hospital, a mulher não resistiu.
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Em entrevista à agência de notícias AP News, o cirurgião Timur Marin confirmou que a paciente foi atendida com a pélvis esmagada e o quadril descolado. A equipe precisou passar por uma cesariana, mas o bebê nasceu sem sinais vitais. Ele disse ainda que, ao perceber que estava perdendo o bebê, a mulher chegou a gritar: "Me matem agora".
Depois do parto, Marin disse que tentou salvar a mãe, mas ela faleceu logo após a criança. "Mais de 30 minutos de reanimação da mãe não produziram resultados. Ambos morreram", lamentou o médico. Segundo ele, a equipe não conseguiu pegar o nome inteiro da mulher devido à alta demanda de atendimentos após o bombardeio.
Tragedy in Ukraine: The pregnant woman injured in the Russian attack on the maternity hospital in Mariupol on March 9, has died. Her baby has also died.
? Inbar Cohen (@InbarCohen13) March 14, 2022
Photo: Evgeniy Maloletka pic.twitter.com/4N75vvpfC8
Em declaração divulgada na noite de ontem (13.mar), a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu o cessar-fogo imediato de todos os ataques na Ucrânia para intensificar os cuidados médicos no país. Desde o início do conflito, por exemplo, mais de 4,3 mil nascimentos ocorreram e aproximadamente 80 mil mulheres devem dar à luz nos próximos três meses.
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A entidade alerta para a escassez de oxigênio e suprimentos médicos, inclusive para o gerenciamento de complicações da gravidez. Além disso, dezenas de idosos e crianças estão sofrendo com ferimentos.
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