Federação russa é sinônimo de catástrofe humanitária, diz Zelensky
Presidente ucraniano criticou os bombardeios em áreas residenciais e pediu mais ações de países europeus

Camila Stucaluc
Catástrofe humanitária. Foi assim que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, classificou as ações da Federação Russa no país. Em pronunciamento na manhã desta 6ª feira (11.mar), o líder ucraniano questionou os imóveis atingidos por bombardeamentos russos, como casas, fábricas e creches, e pediu, novamente, por mais ações da União Europeia, uma vez que somente a imposição de sanções contra a Rússia não está sendo suficiente para negociar um cessar-fogo.
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"Catástrofe humanitária - duas palavras que se tornaram totalmente sinônimas das outras duas palavras - a Federação Russa. À noite, os ocupantes bombardearam uma fábrica de sapatos, um prédio de apartamentos e um jardim de infância no rio Dnieper. Para que? Como eles ameaçaram o Estado russo? As casas de habitação nas aldeias da região de Sumy foram destruídas. Os moradores de Mariupol continuaram a ser torturados. Se isso continuar, as sanções contra a Rússia não serão suficientes", disse Zelensky.
Apesar de garantir que a maioria dos países europeus renovou o apoio à Ucrânia, o político afirmou que o país está precisando de mais apoio e determinação das nações. "Eu espero que consigamos trabalhar nisso, em novas sanções de nossos parceiros [contra a economia russa]. A Rússia deve pagar por esta terrível guerra e deve pagar diariamente", complementou.
Em relação às operações em prol da população ucraniana, Zelensky afirmou que 12 corredores humanitários foram liberados hoje para garantir a segurança dos civis que tentam sair do país. A iniciativa também tem como objetivo facilitar a movimentação de transportes de comida, água e medicamentos para as regiões mais vulneráveis. Além disso, equipes tentam intermediar o fornecimento de combustíveis e gás para os moradores, que continuam procurando abrigos pelo país.
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"Repito várias vezes: quando defendemos a liberdade, cada um de nós deve ser um exército dentro de si e cada um de nós deve fazer o que é necessário para alcançar o resultado que todos queremos. Devemos nos manter e continuar mantendo nossas forças, porque nunca será fácil com esse tipo de vizinho [Rússia], mas também não deixaremos fácil para eles", finalizou o chefe de Estado.
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