Anonymous declara "guerra" e Facebook proíbe monetizações da mídia estatal russa
Sites do governo da Rússia foram derrubados em "guerra cibernética" após início do conflito na Ucrânia
Bruno Viterbo
Para além das linhas de ataque dos russos na Ucrânia, com bombardeios em Kiev registrados na manhã de sábado (26.fev) e em outras cidades, outro front de batalha foi instalado.
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O coletivo digital hacker Anonymous declarou "guerra cibernética" contra o governo da Rússia, enquanto a controladora do Facebook, a Meta, afirmou que vai proibir a mídia estatal russa de monetizar ou veicular anúncios nos produtos da plataforma "em qualquer lugar do mundo", afirmou Nathaniel Gleicher, chefe da política de segurança do Facebook.
Os hackers do Anonymous afirmaram que sites do governo de Vladmir Putin foram derrubados. Ainda pela manhã de sábado, os sites do Kremilin e do Governo ainda estavam sem acesso. O coletivo publicou no Twitter que o banco de dados do site do Ministério da Defesa russo foi vazado. O site da agência estatal RT News também caiu. O anúncio da "guerra cibernética" foi declarado na última 5ª feira (24.fev).
A Meta, conglomerado que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou que as mudanças no sistema para impedir os ganhos monetários de publicações estatais russas começaram a ser implementadas "e continuarão no final de semana", escreveu Nathaniel Gleicher. A decisão foi publicada no sábado (26.fev).
Um dia antes, Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais da Meta e ex-vice-primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que as autoridades russas "nos ordenaram a interromper a verificação independente dos fatos e rotulagem de conteúdo postado no Facebook para organizações de mídia estatais russas".
Segundo Clegg, a plataforma "se recusou" e, com isso, os russos teriam "restringido o uso de nossos serviços". Por outro lado, "russos comuns estão usando nossos aplicativos para expressar-se e organizar-se para a ação", considerando que essa população deve ser ouvida.
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