Principal suspeito pela morte do pai, filho vai a julgamento
Mãe também foi atacada a golpes de facão e sobreviveu. Crime foi registrado em 2019 no Paraná
Primeiro Impacto
Três anos depois de ser acusado de matar o pai e ferir a mãe com golpes de facão dentro de casa, em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba (PR), o principal suspeito do crime vai a julgamento. A defesa alega que o homem era abusado sexualmente pelo pai na infância.
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Segundo vizinhos, Valdemir Fumagalli, de 40 anos, agredia e ameaçava os pais antes do crime. A mãe, mesmo alertada sobre o perigo que corria, protegia o filho.
Na época do crime, o acusado afirmou que a casa foi invadida por assaltantes, que esfaquearam as vítimas. A polícia desconfiou da versão e levantou a ficha do suspeito, com boletins de ocorrência registrados contra ele.
Em depoimento, reafirmou a presença dos criminosos. Porém, uma fala chamou a atenção dos investigadores, quando Valdemir acusou o próprio pai de abuso. Segundo o suspeito, ele era abusado sexualmente até a fase adulta e que a mãe sabia dos atos do marido. Valdemir disse que não possuía transtornos mentais e negou os crimes.
De acordo com a defesa do acusado, ele não é um réu confesso e confirma a história dos abusos. Um comprovante de internação de 2016, três anos antes do crime, detalha um "surto psicótico", uso de drogas, esquizofrenia e a própria mãe confirmando os abusos sexuais.
Com isso, a defesa sustenta que Valdemir não estava em "plena capacidade mental" no momento do crime, "se de fato foi ele que cometeu". De acordo com relatos policiais, ainda segundo o advogado, o homem estava com uma lata de thinner, um tipo de diluente que, ao ter o odor aspirado, causa efeitos narcóticos.
No julgamento, o filho vai responder pelo homicídio triplamente qualificado do pai e pela tentativa de assassinato da mãe.
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