Clínica onde mulher morreu após hidrolipo passa por perícia
Viúvo e a filha da paciente prestaram depoimento
SBT Brasil
No Rio de Janeiro, peritos estiveram na clínica onde a doméstica Maria Jandimar Rodrigues, de 39 anos, morreu na 6ª feira (17.dez) depois de passar por um procedimento estético. O cirurgião plástico tem duas passagens pela polícia por ameaça.
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O viúvo e a filha da paciente prestaram depoimento nesta 2ª feira (20.dez). Eles denunciam o médico por omissão de socorro. Brenda fala que, para fazer o procedimento estético, a mãe economizou quase R$ 5 mil. Maria Rodrigues passou mal logo após fazer uma hidrolipo - intervenção para a retirada de gordura do corpo. Ela veio a felecer no pátio do centro comercial onde fica a clínica, na zona norte do Rio de Janeiro.
Uma semana antes, Maria tinha feito a primeira das três etapas do procedimento e sofreu uma convulsão. Um vídeo mostra a paciente gritando na mesa de cirurgia. O médico responsável é o colombiano Brad Alberto Castrillon Sanmiguel, que tem registro ativo no Conselho Regional de Medicina (Cremerj). Ele foi liberado logo após o primeiro depoimento.
"Não praticou nenhum ato de omissão, não praticou nenhum ato que gerasse a morte de sua paciente, mas isso, efetivamente, vai ficar caracterizado por meio do laudo de necropsia", disse o advogado dele, Hugo Novais. O caso foi registrado como encontro de cadáver, mas a família da vítima quer que a investigação seja por homicídio. A polícia aguarda o resultado do exame feito no Instituto Médico Legal (IML), que vai identificar o que causou a morte de Maria.
"Estamos aguardando a perícia complementar, já que, na perícia inicial, o perito médico não conseguiu definir a causa mortis", afirmou o delegado Renato Carvalho. A clínica tem alvará para pequenas cirurgias. A polícia investiga se era adequada para o procedimento feito em Maria. Outra paciente denuncia o médico. A promotora de eventos Daiana Santos ficou 23 dias internada em novembro, após fazer uma hidrolipo e ter infecção generalizada. Ela também prestou depoimento. "Eu tive uma sepse cutânea, que é dada como uma infecção generalizada. Eu fui desenganada, porque ninguém sabia até quando eu iria aguentar", pontuou.
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