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Combinação de vacinas induz alta concentração de anticorpos, diz estudo

Pesquisadores analisaram esquema vacinal com doses dos imunizantes de Oxford e Pfizer contra a covid

Combinação de vacinas induz alta concentração de anticorpos, diz estudo
Pessoa segura frasco contendo dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 (Divulgação/Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul)
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A aplicação de uma dose da vacina de Oxford/AstraZeneca seguida por uma do imunizante da Pfizer/BioNTech, ou vice-versa, para completar o esquema vacinal quatro semanas depois de iniciado induz altas concentrações de anticorpos contra a proteína Spike do novo coronavírus, segundo dados preliminares de um estudo publicados em uma plataforma da revista científica The Lancet. O mesmo trabalho, que é liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostrou em maio que combinar as diferentes substâncias aumenta o aparecimento de efeitos colaterais.leves a moderados.

De todo modo, segundo Matthew Snape, professor associado de pediatria e vacinologia da Universidade e pesquisador-chefe do estudo, "esses resultados são um guia inestimável para o uso de esquemas de dosagem mista, porém o intervalo de quatro semanas estudado aqui é mais curto do que o esquema de oito a 12 semanas mais comumente usado para a vacina Oxford/AstraZeneca". "Sabe-se que esse intervalo mais longo resulta em uma resposta imunológica melhor, e os resultados para um intervalo de 12 semanas estarão disponíveis em breve", completou.

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De acordo com o estudo, ambos os esquemas vacinais mistos (Oxford/AstraZemeca com reforço da Pfizer/BioNTech, e Pfizer com reforço de Oxford) induzem resposta imunológica superior ao limite observado para o esquema vacinal padrão com a vacina de Oxford. Para O professor Andrew Ustianowski, integrante da agência governamental britânica de financiamento de pesquisas NIHR, sabendo que a combinação dos imunizantes funciona positivamente no que diz respeito à resposta imunológica "fornece aos pesquisadores o conhecimento valioso de que essas vacinas podem ser usadas de forma flexível para aqueles que ainda não foram vacinados no Reino Unido e em todo o mundo".

No total, 830 voluntários de 50 anos ou mais fazem parte do estudo. Aleatoriamente, 463 foram divididos em quatro grupos que receberam duas doses de vacina com um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda, e 367, em grupos nos quais o intervalo entre as aplicações foi de 84 dias.

Outras descobertas

Os resultados preliminares de um segundo trabalho da Universidade de Oxford, divulgados nesta 2ª feira (28.jun), apontam que uma terceira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca ou um intervalo maior entre a primeira e a segunda dose podem garantir imunidade superior contra o novo coronavírus. De acordo com a pesquisa, a terceira unidade do imunizante aumenta a resposta imune em até seis vezes e é mais efetiva contra as variantes do Sars-CoV-2 identificadas até agora. Apesar dos resultados satisfatórios, os pesquisadores afirmam que os dados não indicam, por enquanto, a necessidade de incluir uma dose extra no esquema vacinal padrão.

Já em relação ao intervalo maior entre as doses, de 45 semanas -- ou cerca de 11 meses --, segundo o estudo, foi constatado um aumento na resposta imune de até 18 vezes. Atualmente, o intervalo usado para a vacina analisada é de 12 semanas - ou três meses.

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