Motoristas, diaristas e domésticas morrem mais de covid em SP
Segundo Pesquisa do Instituto Pólis, pedreiros também são profissionais com mais óbitos na pandemia
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São Paulo teve mais de 30 mil mortes por covid 19 em 1 ano de pandemia. 37,8% das mortes são de pessoas empregadas. A pesquisafoi realizada pelo Instituto Pólis em São Paulo e cruzou informações entre trabalho e pandemia durante março de 2020 e 2021.
Excluindo aposentados, donas de casa, estudantes e desempregados, o setor econômico mais impactado é o de serviços, com 24,3% dos óbitos, seguido pela indústria (8,2%), comércio (5,1%) e agricultura (0,4%).
O transporte de passageiros configura um dos grupos mais afetados, com 3,2% das mortes totais. Destas, 78,7% são de motoristas de táxi ou de aplicativos e 20% de trabalhadores do transporte público.
Outro grupo que também teve um número de mortes bastante expressivo foi o de empregadas e empregados domésticos. 2,4% das mortes por Ccvid-19 no município foram de empregadas domésticas, diaristas e faxineiras.
Trabalhadores do setor industrial representam 8,2% dos óbitos na capital paulista. Metade dos óbitos desse grupo são de profissionais da construção civil (4,1% em relação ao total do MSP), atividade que foi classificada como essencial durante toda a pandemia.
Analisando os óbitos deste segmento, a ocupação mais afetada é a de pedreiros, que contabiliza 33,0% dos óbitos dentro dessa categoria específica.
Profissionais de Saúde não se destacam no total de mortes porque a categoria foi uma das primeiras a ser imunizada. Professores e profissionais de educação também não aparecem devido a suspensão das aulas presenciais durante 2020.