Cidade gaúcha usa xepa da vacina para imunizar professores
São Leopoldo quer vacinar profissionais de escolas públicas, privadas e conveniadas da prefeitura
Aline Schneider
A Prefeitura de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, fez uma manobra para vacinar os professores, apesar de os profissionais da educação não estarem contemplados nos grupos prioritários do Plano Nacional de Vacinação contra Covid-19, do Governo Federal.
Os educadores receberão doses de imunizantes remanescentes, a xepa da vacina. No primeiro dia de aplicação, na 3ª feira (4.mai), 12 educadores foram imunizados.
Por enquanto, começaram a ser vacinados os professores da Educação Infantil de instituições do bairro Feitoria, que tem o maior número de casos de covid na cidade - 16% do total. A primeira professora imunizada foi Isabel dos Santos Hahn, de 51 anos. Emocionada, ela disse que os educadores deveriam ter prioridade.
Serão vacinados professores de escolas públicas, privadas e conveniadas com a prefeitura. A ordem leva em conta os locais com maior número de casos da doença. As instituições de ensino precisam preencher um formulário com a indicação dos profissionais a serem vacinados, para evitar fraudes e fura-fila. Ao final de cada dia, a Vigilância em Saúde chamará os professores para receberem as doses dos frascos já abertos. Por isso, o número de educadores vacinados depende das sobras de cada dia.
Apesar da liberação para a retomada das aulas presenciais, São Leopoldo não autorizou a reabertura das escolas, para proteger os professores. O Rio Grande do Sul defende a imunização dos educadores agora e aguarda decisão de ação no Supremo Tribunal Federal sobre pedido para a antecipar a vacinação deste público.