Spray de Israel contra câncer é a nova aposta do Bolsonaro para tratar covid-19

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quinta-feira (11.fev), sua nova aposta para o tratamento precoce contra a covid-19 para pacientes de casos graves. O presidente afirmou que 6ª feira (12.fev) terá uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a possibilidade de importar um medicamento experimental contra o câncer e que pode ser usado para tratar pacientes em estado grave do novo coronavírus. 
 

"Em Israel é um spray, estamos em contato, já está acertado o encontro virtual [com primeiro Ministro de Israel] para falarmos sobre esse novo spray que está servindo, pelo menos experimentalmente, para pessoas em estado grave. Agora sim! Está em estado grave? Toma, poxa, vai esperar ser intubado?", disse Bolsonaro durante sua live semanal em seus canais oficiais. 

O presidente afirmou que não é ele quem vai testar e comprovar se funciona ou não o spray, que foi desenvolvido por Israel para tratar o câncer de ovário e foi testado em 24 pacientes que, segundo Bolsonaro, todos se recuperaram da covid-19. A expectativa do presidente é ter acesso a documentação dos estudos do spray e apresentar à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que a agência ateste a eficácia do medicamento. 
 

"Em Israel está sendo desenvolvido, em fase final, um remédio para curar a covid-19. Quando falei remédio lá atrás, levei pancada. O cara que entra na pilha só da vacina é um idiota, porque devemos ter várias opções. Para quem está contaminado, não adianta vacina", sinaliza Bolsonaro ao mostrar interesse no spray de Israel. 

O EXO-CD24, medicamento usado para tratar o câncer de ovário, foi descoberto como uma possível arma para conter o novo coronavírus pelo Centro Médico de Ichilov, em Tel Aviv, anunciado na última sexta-feira (5.fev). Segundo divulgado pelo jornal Times of Israel, o Nabir Aber, que desenvolveu o medicamento, alega que a primeira fase de teste do EXO-CD24 foi um sucesso contra o vírus e que dos 30 pacientes testados, com casos moderados e graves da doença, foram curados.