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Jornalismo

Reino Unido bate recorde em ocupação de leitos com covid-19

Já são quase 25 mil camas ocupadas e pacientes estão sendo atendidos em ambulâncias

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foto reprodução: NHS Nightingale London
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O número de leitos ocupados por pacientes com a Covid-19 na Inglaterra mostra porque o início de 2021 tornou-se o momento mais dramático para NHS, o sistema público de saúde do país. Se em setembro, havia 451 leitos ocupados, agora são 24.957. No auge da primeira onda, em abril, foram 19 mil internações.

Segundo dados divulgados pelo NHS, a ocupação de leitos no país aumentou 41% apenas entre os dias 25 de dezembro e 3 de janeiro. Neste mesmo período, os hospitais de Londres registraram o maior aumento do país: 58%.

O Royal London Hospital está operando em "modo desastre", de acordo com mensagem da direção vazada para a imprensa britânica. No St. George Hospital, o chefe da equipe de terapia intensiva, Dr. Rafik Bedair, confirmou que está organizando "áreas que não são ambulatórios, onde pacientes normalmente não passariam a noite pra convertê-las em áreas de terapia intensiva".

Ao SBT News, um profissional brasileiro que trabalha no NHS confirmou que pacientes com a Covid-19 estão sendo tratados em ambulâncias em alguns pontos da cidade. "Não há camas pra eles", disse.

A nova variante

Por trás dos números alarmantes do Reino Unido, está a nova variante do vírus que, segundo os cientistas que assessoram o governo, tem um poder de contaminação consideravelmente maior. Mas outro problema, ainda mais grave, pode ameaçar toda a estratégia de combate ao novo coronavírus.

Em entrevista na manhã de hoje, à BBC, o ministro da Saúde, Matt Hancock, disse que está "profundamente preocupado" com outra mutação descoberta recentemente na África do Sul. "Eles (os sul-africanos) tem uma excelente capacidade científica pra estudar o genoma do vírus e seus detalhes. É um problema muito maior que a variante encontrada no Reino Unido".

A razão da preocupação do ministro pode ser não apenas o poder de transmissibilidade. Robert Peston, jornalista da ITV, a segunda maior rede de televisão britânica e um dos profissionais mais respeitados do país, revelou que há dúvidas se as vacinas seriam efetivas contra a variante sul-africana. "De acordo com um dos consultores científicos do governo, a razão pela qual Matt Hancock está muito preocupado é que há dúvidas se as vacinas serão tão efetivas contra a variante sul-africana quanto são contra a variante do Reino Unido", publicou o jornalista em uma de suas redes sociais. O governo britânico ainda não confirmou essa informação. 
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