Novo Plano de Vacinação retira assinatura de pesquisadores
Além de mudança sobre pesquisadores, nova versão traz mais grupos prioritários e considera a vacina Coronavac
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O Plano Nacional de Imunização apresentado oficialmente pelo governo na manhã desta 4ª feira (16.dez) trouxe mudanças de conteúdo se comparado à versão enviada ao Supremo Tribunal Federal no último sábado (12.dez). Uma delas foi retirar o nome de pesquisadores anteriormente citados, além de colocar novos grupos prioritários na agenda, como presos, quilombolas, populações ribeirinhas, trabalhadores do transporte coletivo e pessoas em situação de rua.
Na primeira versão do documento, pesquisadores eram citados como participantes da formulação e alguns até assinavam o ofício. Alguns dos citados, no entanto, declararam não ter tido acesso à versão final do texto. Eles chegaram a publicar uma carta conjunta discordando da medida e citando pontos que ficaram de fora do planejamento - entre eles, o de se considerar a vacina Coronavac, que tem sido testada e fabricada pelo Butantan, e o de abranger mais grupos prioritários no programa de imunização.
Parte desses questionamentos foi atendida na nova versão. Além dos novos grupos inseridos, a vacina Coronavac agora é citada como uma opção de imunizante. Essa mudança foi comemorada por Ethel Maciel, uma das pesquisadoras citadas no primeiro documento. A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) utilizou o Twitter para comentar a mudança.
"O Plano de vacinação agora contempla os grupos vulneráveis que foram excluídos e também as demais vacinas", escreveu Ethel.
A pesquisadora também apontou algumas novas considerações ao documento. Sugeriu inserir outros grupos de trabalhadores essenciais, fornecer detalhes sobre as populações vulneráveis citadas, especificações logísticas para as vacinas da Pfizer -- que necessita de um alto grau de resfriamento -- e da AstraZeneca e alternativas, caso o planejamento inicial não funcione. "Precisamos ter plano B e C de forma mais explícita e transparente. O Brasil tem urgência de vacinas", declarou.
De acordo com o apresentado pelo Ministério da Saúde pela manhã, o plano de imunização ainda pode passar por mudanças. Confira o documento:
Na primeira versão do documento, pesquisadores eram citados como participantes da formulação e alguns até assinavam o ofício. Alguns dos citados, no entanto, declararam não ter tido acesso à versão final do texto. Eles chegaram a publicar uma carta conjunta discordando da medida e citando pontos que ficaram de fora do planejamento - entre eles, o de se considerar a vacina Coronavac, que tem sido testada e fabricada pelo Butantan, e o de abranger mais grupos prioritários no programa de imunização.
Parte desses questionamentos foi atendida na nova versão. Além dos novos grupos inseridos, a vacina Coronavac agora é citada como uma opção de imunizante. Essa mudança foi comemorada por Ethel Maciel, uma das pesquisadoras citadas no primeiro documento. A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) utilizou o Twitter para comentar a mudança.
"O Plano de vacinação agora contempla os grupos vulneráveis que foram excluídos e também as demais vacinas", escreveu Ethel.
Vitória da mobilização da sociedade. O Plano de vacinação agora contempla os grupos vulneráveis que foram excluídos e também as demais vacinas. Esperamos que haja acordo com todas que se mostrarem seguras e eficazes. Segue o fio para ver a análise.
? Ethel Maciel, PhD (@EthelMaciel) December 16, 2020
A pesquisadora também apontou algumas novas considerações ao documento. Sugeriu inserir outros grupos de trabalhadores essenciais, fornecer detalhes sobre as populações vulneráveis citadas, especificações logísticas para as vacinas da Pfizer -- que necessita de um alto grau de resfriamento -- e da AstraZeneca e alternativas, caso o planejamento inicial não funcione. "Precisamos ter plano B e C de forma mais explícita e transparente. O Brasil tem urgência de vacinas", declarou.
Enfim, o plano A falhou, precisamos ter plano B e C de forma mais explícita e transparente. O Brasil tem urgência de vacinas. Em reposta ao ministro: estamos com pressa, pois cada dia que passamos sem vacinas mais vidas são perdidas!!
? Ethel Maciel, PhD (@EthelMaciel) December 16, 2020
De acordo com o apresentado pelo Ministério da Saúde pela manhã, o plano de imunização ainda pode passar por mudanças. Confira o documento:
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