Kremlin analisa plano chinês para fim da guerra, mas defende ofensiva
Governo russo afirmou que continua avançando na Ucrânia para alcançar objetivos
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou, nesta 2ª feira (27.fev), que as autoridades estão analisando o plano da China para um acordo de paz na Ucrânia. Apesar de ressaltar que qualquer alternativa que coloque fim no conflito mereça atenção, o político disse que, no momento, não enxerga a suspensão da ofensiva.
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"Consideramos o plano de nossos amigos chineses com grande atenção. Repetimos mais uma vez que, por enquanto, não vemos nenhum pré-requisito para colocar a questão em um caminho de paz. A operação militar especial continua. Estamos nos movendo para alcançar os objetivos que foram estabelecidos", disse Peskov.
O plano de paz foi publicado pela China na última semana, contendo 12 pontos para o fim da guerra, como o respeito à soberania dos países, o fim das hostilidades, a suspensão das sanções e o controle da crise humanitária. No documento, no entanto, Pequim não exige a retirada das tropas russas da Ucrânia, o que foi alvo de críticas por Kiev.
"Qualquer plano de paz apenas com cessar-fogo e, como resultado, uma nova linha de delimitação e ocupação contínua do território ucraniano não é sobre a paz, mas sobre o congelamento da guerra, uma derrota ucraniana (e os) próximos estágios do genocídio da Rússia", escreveu o conselheiro político ucraniano Mykhailo Podolyak.
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A China, por sua vez, defendeu que a Ucrânia tem uma trajetória histórica complicada e, por isso, não impôs a retirada das tropas russas. "Sobre esta questão, a China sempre manteve uma posição objetiva e justa, promoveu conversações de paz, determinou a sua posição de acordo com o certo e o errado da questão, e de forma consistente e firme, manteve-se do lado da paz e do diálogo e do lado certo da história."