Rússia volta a negar retirada de tropas da usina nuclear de Zaporizhzhia
Atividade é necessária para criação de uma zona de proteção ao entorno da infraestrutura
A Rússia voltou a negar, nesta 2ª feira (12.set), a retirada das forças militares da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a desmilitarização e entrega da área ao governo ucraniano não está na programação de Moscou.
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A declaração acontece um dia após o presidente da França, Emmanuel Macron, conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, e pedir novamente a retirada das tropas para garantir a segurança nuclear. Isso porque, mesmo com os constantes avisos, a Ucrânia continua registrando bombardeios ao entorno do local, além da exaustão dos operadores.
Na última semana, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que ceder o controle da usina nuclear de Zaporizhzhia às autoridades ucranianas condenaria a segurança nuclear. Ela disse ainda que o governo local está usando a infraestrutura para chantagear Moscou e criar ameaças em meio à guerra.
Hoje, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, exigiu novamente que uma zona de proteção seja criada ao entorno da usina e que as ações militares na área sejam suspensas.
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"A missão de monitoramento deixou claro a urgência de deter os bombardeios que estão dificultando a operação segura da usina. É urgente uma zona de segurança e eu comecei as consultas iniciais com as partes relevantes. A zona de proteção é essencial para acabar com o bombardeio repetido da infraestrutura e para o resfriamento do reator e outros sistemas necessários", disse.