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Governo

Ministério da Saúde pede interdição de laboratório em que pacientes foram infectados com HIV

Seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro testaram positivo para HIV após receberem órgãos contaminados com o vírus. Governo se solidarizou com as vítimas

Imagem da noticia Ministério da Saúde pede interdição de laboratório em que pacientes foram infectados com HIV
O ministério reforça que o falso negativo para presença do vírus nos órgãos para transplante ocorreu em testes realizados por um laboratório privado | Elza Fiúza/Agência Brasil
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O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (11), que solicitou a interdição do laboratório envolvido no caso em que seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro testaram positivo para HIV após receberem órgãos contaminados com o vírus. A pasta manifestou "irrestrito apoio" às vítimas, aos familiares delas e informou que a situação está sendo tratada com "extrema seriedade". O objetivo, conforme o ministério, é cuidar dos pacientes e seus familiares e "preservar a confiança da população nesse serviço essencial".

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O ministério afirma que, diante da gravidade do caso, imediatamente adotou cinco medidas:

- Solicitou a interdição cautelar do Laboratório PCS Saleme/RJ, cuja unidade operacional está localizada no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro;

- Determinou que a testagem dos doadores de órgãos no Rio de Janeiro voltasse a ser feita exclusivamente pelo Hemorio, usando o teste NAT;

- Ordenou a retestagem do material dos doadores de órgãos feitas pelo Laboratório PCS Saleme/RG, para identificar possíveis novos casos falso-negativos;

- Determinou que o grupo de pacientes receptores de transplantes de órgãos dos doadores infectados, bem como seus contatos, recebessem total atendimento especializado; e

- Determinou a instalação de auditoria urgente pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS no sistema de transplante do Rio de Janeiro, e a apuração de eventuais irregularidades na contratação do Laboratório PCS Saleme/RJ, dentre outras providencias.

O ministério reforça que o falso negativo para presença do vírus nos órgãos para transplante ocorreu em testes realizados por um laboratório privado (PCS Saleme/RJ), contratado pela Fundação Saúde, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, para atendimento ao programa de transplantes no território fluminense.

"Até o momento houve a confirmação de infecção por HIV de dois doadores e seis receptores que tiveram teste positivo", pontua a nota.

O ministério afirma que o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) "é reconhecido como um dos mais transparentes, seguros e consolidados do mundo". "Existem normas rigorosas que visam proteger tanto os doadores quanto os receptores, garantindo que os transplantes realizados no país mantenham um alto nível de confiabilidade".

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Conforme a nota, o sistema tem dispositivos regulatórios "que já preveem protocolos específicos para a redução de riscos, como a transmissão de doenças infecciosas, e está em constante atualização para acompanhar os avanços médicos e científicos nessa área".

O PCS Saleme/RJ foi contratado pelo governo do estado do RJ em dezembro de 2023, em um processo de licitação de R$ 11 milhões. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o serviço foi suspenso após a descoberta dos pacientes infectados e, com isso, os exames para transplantes passaram a ser realizados pelo Hemorio.

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