Lula participa de reunião dos Brics por videoconferência nesta quarta (23)
Presidente precisou cancelar viagem à Rússia depois de sofrer um acidente doméstico
Camila Stucaluc
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, na manhã desta quarta-feira (23), da reunião ampliada da 16ª Cúpula dos Brics. O chefe de Estado falará por videoconferência, já que precisou cancelar a viagem para a Rússia – onde acontece o encontro – depois de sofrer um acidente doméstico. Ele levou cinco pontos na nuca.
Esse é o segundo dia da cúpula, que dura até quinta-feira (24). No encontro, são debatidos temas globais, como a crise do Oriente Médio em meio às guerras de Israel contra grupos extremistas, e a operação política e financeira dentro do bloco. Os países também recebem relatórios sobre os trabalhos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).
O principal tema da cúpula, no entanto, é a criação da categoria de "países parceiros" do Brics. Esse seria um modelo de adesão ao bloco sem as mesmas prerrogativas dos chamados “membros plenos”, como Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.
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"É nisso que nosso trabalho tem se concentrado, quais são os critérios para essa modalidade, e espera-se que, uma vez aprovada essa modalidade, seja feito um anúncio dos países que serão convidados a fazer parte dessa categoria", explicou o secretário da Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Saboia.
Brasil assume presidência em 2025
A partir de 1º de janeiro de 2025, o Brasil assumirá a presidência do Brics – depois de seis anos. Segundo Saboia, o governo irá concentrar as reuniões no primeiro semestre do ano, com pautas como redução da desigualdade, reforma das instituições de governança global, combate à fome e promoção do desenvolvimento sustentável.
Isso porque, no segundo semestre, o país sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), no Pará. São esperados 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência, sendo aproximadamente 7 mil da chamada "família COP", formada pelas equipes das Nações Unidas e delegações de países membros.
