Cúpula do Brics: Dilma defende uso de moedas locais e tem gestão elogiada por Putin
Presidente do Banco do Brics ainda irá apresentar um balanço da instituição
A presidente do Banco do Brics, Dilma Rousseff, defendeu aumento dos financiamentos em moedas locais, em vez do dólar, durante encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (22), na 16ª Cúpula do Brics, que acontece na Rússia.
Dilma destacou que os países do Sul Global têm necessidades financeiras grandes e que há dificuldades para conseguir esses empréstimos. “É muito importante disponibilizar financiamento em moeda local através de plataformas específicas. O Novo Banco de Desenvolvimento [NBD] tem o compromisso de viabilizar não só financiamento em projetos soberanos, mas também em projetos da iniciativa privada”, afirmou Dilma.
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O presidente russo elogiou o trabalho dela à frente do banco e também defendeu o aumento do uso de moedas nacionais.
“Agradecemos muito o que você fez nos últimos anos. O aumento dos pagamentos em moedas locais permite reduzir as taxas de serviço da dívida, aumentar a independência financeira dos países-membros do Brics, minimizar os riscos geopolíticos e, tanto quanto possível no mundo de hoje, libertar o desenvolvimento econômico da política”, disse Putin.
Expansão
A ex-presidente brasileira ainda defendeu a expansão do bloco, um dos principais temas discutidos pela cúpula, que deve definir, neste ano, os critérios para os países interessados ingressarem no bloco em uma nova modalidade. Cerca de 30 países que mostraram interesse em participar.
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No último dia do evento, na quinta (24), Dilma Rousseff irá apresentar um relatório com um balanço do banco para mais de 30 representantes de países da Ásia, África e América Latina.