Governo suspende feiras com aglomeração de aves para evitar disseminação de gripe aviária
Mais de 150 focos da doença já foram registrados em diferentes partes do Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) suspendeu a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves. A medida, que visa evitar a disseminação da gripe aviária no país, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta 6ª feira (22.dez) e entrará em vigor a partir do dia 2 de janeiro de 2024.
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Segundo a portaria, os eventos poderão ser realizados apenas com a autorização do Serviço Veterinário Estadual. Para isso, a entidade deverá avaliar a situação epidemiológica da unidade federativa em questão, bem como pedir que a organização do evento apresente um plano de biosseguridade para mitigar o risco de disseminação da doença
A medida acontece em meio ao aumento do número de casos da gripe aviária em território nacional. Segundo o Mapa, 151 focos da doença já foram confirmados, sendo em aves silvestres e de subsistência. Em outubro, o vírus também infectou leões-marinhos no Rio Grande do Sul, sendo o primeiro foco da doença registrado em mamíferos marinhos.
O cenário fez com que o governo federal prorrogasse, até abril de 2024, a vigência do estado de emergência zoossanitária no país. Com o portaria, o governo pode usufruir de instrumentos para atuar e conter a disseminação da gripe aviária. Também fica autorizado o repasse de verbas da União para as ações de emergência em estados e municípios.
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A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. A infecção humana é rara, mas pode ocorrer por meio de contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). De acordo com o Mapa, não há risco no consumo de carnes e ovos de aves ou qualquer produto de origem animal inspecionado.
