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Messias diz a aliados que está fora do jogo para lugar de Dino na Justiça. Veja favoritos

Troca de posto na Esplanada é vista como pouco estratégica se o objetivo é uma vaga no Supremo. Três ex-AGUs estão na Corte

Imagem da noticia Messias diz a aliados que está fora do jogo para lugar de Dino na Justiça. Veja favoritos
Jorge Messias diz que não está no jogo para a corrida ao Ministério da Justiça | Valter Campanato/Agência Brasil
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O advogado-geral da União, Jorge Messias, está fora do jogo pela vaga aberta no Ministério da Justiça. A aliados, ele diz que não está na disputa pelo lugar de Flávio Dino, indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal.

Os bastidores: a troca de posto na Esplanada dos Ministérios não é vista como algo positivo no caso de Messias por quatro motivos:

  • A disputa para a vaga de Dino é agressiva, com desgaste e fogo-amigo. Além disso, Messias pode ser visto como duplamente derrotado, tanto no STF quanto na Justiça.
  • Messias tem aberto frentes na AGU, como segurança jurídica para minorias e novo PAC, acordos para educação, multas para golpistas e para infratores ambientais.
  • O comando da Justiça, que incluiu as políticas de seguranças e as chefias das polícias Federal e Rodoviária Federal, significa alta exposição e instabilidade.
  • Se o objetivo é uma vaga no Supremo, a troca de ministério no caso de Messias pode ser pouco produtiva por causa do histórico de nomeações de ex-AGUs.

Quem virou ministro do STF: três atuais integrantes do Supremo foram chefes da Advocacia-geral da União antes de irem para a mais alta Corte do país: Gilmar Mendes (governo Fernando Henrique), Dias Toffoli (governo Lula) e André Mendonça (governo Bolsonaro). Mendonça foi o único que fez uma escala no Ministério da Justiça. 

Pano de fundo: ao escolher Dino, Lula fez questão de dizer aos ministros presentes que quem quisesse tratar sobre qualquer assunto jurídico envolvendo governo deveria procurar Messias. Se falou o óbvio, também quis demonstrar apreço ao subordinado.

Movimentação de Gleisi Hoffmann: a presidente do PT tem sido alvo de ataques de governistas depois que o nome dela começou a circular como favorita para o Ministério da Justiça. Uma das críticas é a de que ela teria se aliado a Dino para que Lula passasse a considerar uma mulher no Ministério da Justiça. No caso, ela mesma.

Movimentação de Simone Tebet: a ministra do Planejamento e Orçamento tem procurado se informar sobre assuntos de segurança pública desde que o seu nome também começou a ganhar força. Lula está de fato inclinado a escolher o nome de uma mulher para a pasta da Justiça. Para Tebet, a mudança a colocaria numa pasta de maior projeção.

Divisão da pasta da Justiça: está descartada a criação do Ministério da Segurança, conforme antecipou o SBT News. Lula avalia que as polícias federal, rodoviária e militar ganharam força na gestão Bolsonaro e poderiam tomar posse do Ministério da Segurança. Assim, deixariam o governo petista refém de lutas internas e corporativas.

Quem também está forte: o ministro aposentado do Supremo Ricardo Lewandowski tem também a simpatia de Lula, pois teria condições de criar um consenso entre petistas e poderia isolar uma guerra interna entre partidos da base pelo posto de Dino.

Quando está previsto o anúncio: Lula deve escolher o substituto de Dino dias antes da sabatina do político maranhense na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, marcada para 13 de dezembro. A sessão é o primeiro passo para a confirmação de Dino no Supremo.

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