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Mauro Vieira cita ataques do Hamas como terrorista e defende que Israel pare com bombardeios

Chanceler brasileiro defende que diplomacia brasileira age de acordo com sua tradição de buscar a paz e mantendo diálogos com ambos os lados

Imagem da noticia Mauro Vieira cita ataques do Hamas como terrorista e defende que Israel pare com bombardeios
Mauro Vieira na Comissão de Relações Exteriores
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O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, presta esclarecimentos à Comissão de Relações Exteriores nesta 4ª feira (18.out) sobre a posição do Brasil nos confrontos entre Israel e o Hamas na região da Faixa de Gaza. Em sua fala inicial, Vieira definiu os ataques do grupo armado contra os israelenses no dia 7 de outubro como terroristas, e que a posição do governo foi "clara e inequívoca" com relação a isso. 

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"Na primeira hora, o governo brasileiro, a começar pelo presidente brasileiro, manifestou repúdio e a condenação aos atos terroristas realizados em 7 de outubro contra a população civil em Israel a partir da Faixa de Gaza, com grande número de mortos e feridos. Transmitimos oficialmente tanto por nota do Itamaraty como por telefonema do presidente Lula ao presidente de Israel e telefonema meu ao chanceler de Israel as nossas mais sentidas condolências aos familiares das vítimas e nossa solidariedade ao povo de Israel. Nada justifica o uso da violência, sobretudo contra civis", justificou. 

O ministro explicou que o Brasil defende que o Hamas deve libertar crianças israelenses feitas de refém. Por outro lado, também defendeu que o governo de Israel deve cessar bombardeios em Gaza para possibilitar a fuga de estrangeiros e o resgate de crianças palestinas. 

"Defendemos que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias e pedimos a Israel cessem os bombardeios para que crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito", disse o chanceler.

"Destacamos a urgência de um cessar-fogo humanitário e exortamos as partes a respeitarem o direito humanitário internacional", disse. "É inadmissível a continuação deste conflito e os ataques a infraestruturas civil tal como verificado ontem no hospital batista de Gaza que, segundo informações iniciais, resultou na morte de em torno de 500 pessoas, como disse Lula este ataque é uma tragédia injustificável", acrescentou.

O chanceler também afirmou que o conflito na região é histórico e que outros momentos de escalada nos conflitos já ocorreram ao longo do século XXI. Vieira cita que os Acordos de Paz de Oslo, que completam 30 anos em 2023, não foram cumpridos e que ao longo dos anos essa relação piorou com o passar do tempo.

"A ONU aponta que assentamentos ilegais israelenses aumentaram na Cisjordânia; a recorrente destruição de infraestrutura básica em povoados palestinos, incluindo escolas; e o fechamento com concreto de poços d?água, sem mencionar segregação de acesso a serviços básicos", disse o chanceler sobre a situação dos palestinos.

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