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Governo libera mais de R$ 916 milhões para aquisição de alimentos

No ano passado, a verba do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi de R$ 2,6 milhões

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placas de apoio ao programa
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O governo federal liberou mais de R$ 916 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ainda neste ano. Mais de 33 milhões de brasileiros passam fome e 100 milhões sofrem de insegurança alimentar.

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No ano passado, a verba do programa foi de R$ 2,6 milhões. Destes R$ 916 milhões, R$ 700 milhões serão direcionados para a compra com doação simultânea.

A chamada compra com doação simultânea funciona, na prática, com a aquisição de alimentos produzidos por agricultores familiares para serem distribuídos a quem precisa em creches, hospitais públicos, restaurantes populares e cozinhas solidárias. 

No evento, no Palácio do Planalto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) assinou cinco contratos com organizações de agricultores familiares.

Na primeira fase da execução do programa, a prioridade é para projetos com maior participação de mulheres, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária.

"Não podemos admitir que 133 milhões de brasileiros ou não tenham nada para comer ou não saiba quando irão se alimentar. O presidente Lula vai batalhar para implementarmos a fome zero no País novamente", afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo.

Toda 2ª feira é dia de distribuição de alimentos na Ceasa do Distrito Federal, onde existem cerca de 200 instituições cadastradas no programa de distribuição de alimentos.

Isamar Pereira dos Santos é presidente de uma dessas instituições, que atende 96 crianças. Para ela, a importância da doação de alimentos ultrapassa os limites da creche que ela cuida. "As verduras e frutas daqui são novinhas. E para as nossas crianças, tem muita importância. São crianças que necessitam, além delas comerem o que sobra, ainda levam para casa", diz Isamar.

Em 2014, o programa foi reconhecido como uma política fundamental para tirar o país do mapa da fome das Nações Unidas.

No estado de São Paulo, cerca de um terço das famílias com crianças menores de 10 anos enfrentam a fome ou a insegurança alimentar. A alimentação inadequada na primeira infância traz dificuldades no desenvolvimento físico, intelectual, social, e emocional da criança, e pode gerar impactos na vida adulta.

Pensando nisso, o Conselho Superior de Responsabilidade Social (Consocial) da Fiesp, em parceria com o Ciesp e o programa "Alimente-se bem", do Sesi-SP, lançaram nesta segunda-feira, o programa Alimentar o Futuro - Segurança alimentar e nutricional na infância. 

O programa quer a segurança alimentar e nutricional das crianças de zero a 10 anos, do estado paulista, a fim de fortalecer o direito à alimentação adequada e saudável.

O "Alimentar o Futuro" planeja estimular à oferta de uma alimentação escolar adequada e saudável nas creches, escolas de educação infantil e de ensino fundamental, para que atenda aos requisitos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), com a formação e apoio técnico as nutricionistas das Secretarias Municipais de Educação; e a realização de atividades de formação com os agentes do programa saúde da família para acompanhar a segurança alimentar e nutricional infantil em casa e junto aos profissionais da rede socioassistencial.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, falou sobre a importância do projeto: "em parceria oferecemos vagas no Senai gratuitamente, e com estas ações teremos uma sociedade menos desigual e mais capaz de refletir a riqueza de nosso país".

No evento compareceram ainda o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-presidente Michel Temer e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes. Nunes disse no encontro que a cidade, do tamanho de um país, comporta vários programas de combate a fome e todos são bem-vindos.

"São Paulo tem um fundo de R$ 262 milhões. Política pública de verdade. Nós distribuímos 7 mil cestas básicas todos os dias. Antes da pandemia, esse número era de 4 mil por mês. Teremos seis armazéns solidários - para quem tem alguma condição de comprar, mas não em um mercado comum. Serão alimentos subsidiados", disse o prefeito

Nunes não escondeu a origem da ideia. "A gente copiou do Paraná. É como tem que funcionar: ideias boas podem e devem ser reproduzidas", concluiu.

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