Dino atribui violência à liberação de armas e lamenta morte de família na Bahia
Segundo ministro, quadrilhas ficaram mais fortes por desvios ou falsificações; também anunciou recursos ao estado
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, associou casos de violência em estados brasileiros à facilitação da liberação de armas de fogo nos últimos anos. O posicionamento veio durante viagem à Bahia, que enfrenta uma crise na segurança pública e foi alvo de mais um caso violento nesta 5ª feira (5.out), com a morte de seis pessoas de uma mesma família.
"Uma dessas causas [de aumento] eu afirmo, foi o armamentismo irresponsável praticado no Brasil nos últimos anos. Esse é um dos fatores da violência. Essas armas foram para o feminicídio, essas armas foram para violência no trânsito, famílias, e essas armas foram também desviadas para fortalecer quadrilhas, porque barateou o acesso à armas no Brasil", declarou o ministro.
Dino também disse que a pasta a que comanda tem investigado facções criminosas que falsificaram documentos para conseguir armas de fogo, e afirmou haver desvios dos itens. O ministro também lamentou a morte de seis pessoas de uma família cigana na cidade de Jequié (BA), afirmando que, até o momento, as indicações são de que o ataque contra o grupo foi por um acerto de contas.
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O ministro ainda anunciou recursos para o estado. Ao todo, serão R$ 220 milhões direcionados pelo governo à Bahia. Dino também disse haver possibilidade do uso da Força Nacional, caso o governador, Jerônimo Rodrigues (PT), opte pelo pedido. Entre as medidas previstas está também a instalação da Polícia Federal no município Feira de Santana - previsto para até 45 dias - e o início do trabalho da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Fico), com atuação da PF e da Polícia Civil.
Morte de médicos no Rio
Durante visita, o ministro também lamentou a morte de três médicos em um atentado no Rio de Janeiro. Dino disse que a ação foi uma "execução", e que há mais de uma linha de investigação do caso. "Nesse momento, evidentemente, há uma visão clara de que se cuida de uma execução e não de um crime patrimonial. Pela própria dinâmica dos fatos isso fica bem evidenciado", declarou durante coletiva de imprensa na Bahia, nesta 5ª feira (5.out).
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