PF "adotará as providências previstas em lei", diz Dino sobre fake news
Mulher afirmou falsamente que doações no RS não seriam liberadas enquanto Lula não chegasse à cidade
Guilherme Resck
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta 2ª feira (11.set) que a Polícia Federal (PF) "adotará as providências previstas em lei" no caso de uma mulher que disseminou fake news a respeito da atuação do governo diante da tragédia causada no Rio Grande do Sul pela passagem do ciclone.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Em vídeo compartilhado na internet, a mulher -- que se identificou na gravação como Samara -- diz, falsamente, que um centro de distribuição de alimentos de Lajeado lhe informou que não liberaria a doação de alimentos para a população porque era necessário aguardar a chegada do presidente Lula (PT) à cidade, para fazer "foto, vídeo e publicação em cima das doações".
Se manifestando sobre a fake news hoje, no Twitter, Dino pontuou: "Reitero que fake news é crime, não é 'piada' ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias. A Polícia Federal já tem conhecimento dos fatos e adotará as providências previstas em lei".
No domingo (10.set), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, já havia criticado a fake news e informado que tinha acionado a Polícia Federal (PF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) contra o conteúdo.
"Isso é crime", afirmou o ministro sobre o vídeo. "Isso é uma conduta de pessoas sem escrúpulos que se aproveitam de uma tragédia para tentar construir uma narrativa criminosa, falsa, típica dessa conduta que o Brasil não suporta mais. Da política do ódio, do ressentimento, da manipulação, da fake news. Nós já tomamos providências. Já acionei a PF, a AGU, já identificamos a criminosa, outras pessoas que estão reproduzindo esse vídeo. Todos serão identificados".
Ainda de acordo com ele, o governo não permitirá "que essas pessoas se utilizem da tragédia para destilarem o seu ódio, por meio da mentira e da desinformação. Não tem nenhuma empatia, não tem nenhum respeito, merecem ser tratados como criminosos, porque é o que são, e serão responsabilizados por isso".
Relatos com prints no Twitter apontam que o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) compartilhou o vídeo com fake news na rede social. Ele teria apagado depois; de fato, não há a publicação em seu perfil.
Reitero que fake news é crime, não é "piada" ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias. A Polícia Federal já tem conhecimento dos fatos e adotará as?
? Flávio Dino ?? (@FlavioDino) September 11, 2023
?? ALERTA DE FAKE NEWS
? Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) September 11, 2023
Em defesa da verdade.#ForçaRS - #GovernoLula - #UniãoeReconstrução pic.twitter.com/JpIwlp0yEM
URGENTE!! Após ser avisado de que a POLÍCIA FEDERAL tá na cola, Gustavo Gayer se apavorou e DELETOU o vídeo com fake-news, que já tinha mais de 2 milhões de visualizações só no Twitter!!
? Thiago dos Reis ?? (@ThiagoResiste) September 11, 2023
A exclusão do vídeo não exclui o CRIME e a PF vai pra cima desses bandidos!!
Quem quer a? pic.twitter.com/FQ3iThiENz