Zelensky pede tropas dos EUA na Ucrânia após encontro com Trump na Flórida
Presidente ucraniano busca garantia de segurança de 50 anos e defende presença militar americana em eventual acordo de paz com a Rússia


Patrícia Vasconcellos
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, solicitou que tropas dos Estados Unidos sejam enviadas ao país como parte de um possível acordo que encerre a guerra com a Rússia.
O pedido ocorre dois dias após Zelenskyy se reunir com Donald Trump na Flórida, nos EUA. A Casa Branca afirmou que os detalhes da proposta ainda estão em análise.
Zelensky defende a presença militar dos EUA para impedir um novo ataque de Vladimir Putin caso um cessar-fogo permanente ou acordo de paz seja assinado. Segundo ele, a garantia de segurança de 50 anos é uma condição central para avançar nas negociações com Moscou.
O governo americano não confirmou o envio de tropas, mas Trump declarou que o tema segue em discussão interna. Segundo informações apuradas, o ambiente diplomático ainda é de cautela, principalmente após a Rússia sinalizar que o conflito permanece ativo.
Rússia dá sinais de escalada militar
Após acusações de tentativa de ataque à casa de Putin, o governo russo anunciou o posicionamento de mísseis com capacidade nuclear em Belarus, país aliado de Moscou que faz fronteira com a Ucrânia e com nações da Otan.
A Otan, aliança militar da qual os EUA fazem parte, tem como regra que um ataque contra qualquer país do grupo deve ser respondido coletivamente pelos demais membros.
Nesta terça-feira (30), Rússia atacou a infraestrutura na região ucraniana de Odessa, nesta terça-feira (30), danificando um navio civil e instalações nos portos de Pivdennyi e Chornomorsk, no Mar Negro
Odessa e a região vizinha mais ampla abrigam os portos do Mar Negro, que são cruciais para o comércio exterior da Ucrânia e para a sobrevivência de sua economia em tempos de guerra.
Envolvimento dos EUA
A possível presença militar americana na Ucrânia reacende o debate sobre envolvimento direto dos EUA na guerra, que hoje ocorre principalmente por meio de apoio financeiro, armamentos e assistência estratégica.
Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que o pedido pode influenciar as negociações de paz, mas também elevar tensões com aliados russos e países da Otan.









