Ao vivo: SBT entrevista o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli
Entre os assuntos estão a futura composição da pasta e as apurações do 8/1
Rafaela Vivas
O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, concede entrevista, nesta 3ª feira (25.abr) ao SBT News. À repórter Nathalia Fruet, Cappelli vai falar sobre as investigações de servidores que estavam no Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro, sobre a sindicância aberta para apurar o episódio e as alterações que deverão ser feitas no GSI após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da viagem oficial à Europa.
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Cappelli tem responsabilizado o governo de Jair Bolsonaro (PL) pelas falhas de segurança durante a invasão ao Palácio do Planalto. Ele isentou de culpa o antecessor no GSI, general Gonçalves Dias, e responsabilizou o general - da gestão passada - Augusto Heleno. Pelas redes sociais, o chefe interino publicou que o ministro do GSI de Bolsonaro, "pilotou o carro" por 4 anos e o entregou "avariado e contaminado" ao governo Lula.
Gonçalves Dias pediu demissão depois que parte das imagens das câmeras de seguranças, gravadas no dia 8 de janeiro, foram divulgadas pela CNN Brasil. A íntegra do material foi disponibilizada à imprensa, dias depois, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que retirou o sigilo do material.
Perfil
Natural do Rio de Janeiro, 50 anos, Ricardo Cappelli ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça, quando foi anunciado chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), formado em jornalismo, com pós-graduação em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi secretário de Comunicação do Maranhão no governo Flávio Dino e secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social no governo de Dilma Rousseff.
Após os atos de 8 de janeiro, homem de confiança de Dino e Lula, o número dois da pasta da Justiça assumiu como interventor federal na segurança pública do Distrito Federal. O então titular da pasta, Anderson Torres, nem estava no Brasil no dia dos ataques. Também naquele domingo, o ministro do Supremo Tribunal Federal determinou o afastamento temporário do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).