Publicidade
Governo

Ministro de Minas e Energia diz que privatização da Eletrobras foi injusta

Alexandre Silveira criticou modelo que reduziu poder de decisão do governo na empresa

Imagem da noticia Ministro de Minas e Energia diz que privatização da Eletrobras foi injusta
eletrobras
• Atualizado em
Publicidade

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta 2ª feira (27.mar), que, em sua visão, o modelo de privatização da Eletrobras foi "injusto". A declaração foi dada na Arko Conference 2023, em São Paulo.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News 

"Eu posso afirmar que, na minha visão e nos modelos de corporações que eu conheço tanto no Brasil quanto no mundo, foi um modelo injusto. A nossa 'golden share' [ação de classe especial] é vergonhosa. Ela não serve para absolutamente nada. Ela não dá nenhuma estabilidade, nenhuma segurança, a esse grande setor estratégico de energia que é uma empresa que detém quase 50% da transmissão e perto de 36% da geração da energia nacional", afirmou o ministro.

"Mas, para deixar bem claro, eu entendo que isso é fato, está consolidado, passou pelo Congresso Nacional, virou uma lei e, portanto, eu como ministro de Minas e Energia eu tenho que tratar a Eletrobras com a natureza que ela tem hoje, reconhecendo que é uma empresa que, apesar dos senões que eu tenho como cidadão da sua privatização, ela é uma empresa que foi privatizada, e eu tenho que tratar a Eletrobras cobrando dela plano de investimento, assistência à população", completou Silveira.

O ministro afirmou ainda que não vê segurança estratégica para o povo brasileiro no modelo de corporação definido. "Eu ressalto, acho que foi injusto, acho que quem tem 40% das ações não pode ter um conselheiro em nove", disse.

Governo pode entrar na Justiça

No início do último mês de fevereiro, o presidente Lula afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolará ação na Justiça para que o governo possa rever o contrato de privatização da Eletrobras.

"Você precisava ler o que foi o resultado da privatização da Eletrobras. A Eletrobras, o governo tem 40% das ações, e o governo só pode participar da direção como se tivesse 10%. Se amanhã o governo tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato. Ou seja, foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras", disse Lula na oportunidade.

Leia também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade