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China lamenta cancelamento e vai decidir nova data para encontro entre Lula e Xi

Programação entre empresários do Brasil continua, mas acordos serão adiados na espera do presidente

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Pequim - O governo chinês lamentou o cancelamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. E, agora, a expectativa é que o país asiático defina uma nova data para o encontro entre o mandatário e o presidente do país, Xi Jinping. O ajuste depende da conciliação de várias agendas e deve levar, ao menos, até o fim de abril. Apesar das mudanças, parte da programação prevista para empresários brasileiros continua, mas acordos serão adiados até a ida de Lula.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que já havia chegado à China, disse em entrevista coletiva, realizada neste domingo (26.mar), na embaixada do Brasil, que manteve os encontros com representantes do agronegócio, mas que os acordos não serão concluídos.

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Fávaro também disse que teve uma missão importante nesta viagem - não em relação a acordos, mas sobre questões técnicas. E informou ter fornecido, pessoalmente, mais esclarecimentos em relação aos casos isolados de vaca louca detectados recentemente em alguns bovinos no Brasil, que levaram à suspensão temporária das exportações de carne brasileira para a China. Segundo o ministro, agora este assunto já está "superado". "Então, este já foi um resultado importante", comemorou. Após a coletiva, em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou que apesar do adiamento da viagem do presidente brasileiro ao país asiático, "a comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mantém as reuniões e visitas técnicas previstas para o setor até a próxima 4ª feira (29.mar)". 

Ainda segundo a pasta, nesta 2ª (27.mar), a equipe técnica do Mapa participa do evento China-Brazil Momentum e do Fórum China - Brasil de Desenvolvimento Sustentável". "No dia seguinte, a programação conta com visitas técnicas para reforçar as parcerias e cooperações técnico-científicas voltadas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro e na 4ª feira (29.mar) será realizado o Seminário Brasil-China e encontros setoriais", conclui a nota.

Agendas com empresários também foram mantidas. Mas muitos que ainda estavam no Brasil decidiram adiar a participação. A ex-presidente Dilma Rousseff, que iria na comitiva de Lula à China, manteve a viagem ao país. Ela vai a capital Xangai, onde será recebida pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. 

Dilma vai tomar posse do cargo de presidente do Banco dos Brics e já inicia os trabalhos na instituição financeira que fomenta investimentos em vários países do mundo. Estava programada uma cerimônia de posse, mas a celebração também foi adiada. O ato simbólico ficará só para quando o presidente brasileiro estiver presente.

O que pesa na ida de Lula

Daqui até o fim do ano, Lula tem quase uma viagem internacional por mês. Enquanto Xi também tem programado o encontro com outros chefes de estado, como com o francês, Emmanuel Macron. Entre os ajustes há de se considerar o que estava programado para os dias do mandatário.

A comitiva brasileira iria  à Assembleia Popular Nacional, que é o Congresso Nacional da China, com parlamentares brasileiros e chineses. Essa agenda também terá que ser costurada novamente. Tudo pode levar pelo menos um mês. 

A viagem de Lula estava inicialmente programada para acontecer no último sábado, mas o petista foi diagnosticado com pneumonia e gripe, o que inicialmente levou ao adiamento para domingo, e, no fim, a viagem acabou sendo cancelada. No Brasil, o petista vai aproveitar os dias para buscar uma aproximação e acordo com o Congresso.

**Reportagem atualizada às 16h20

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