Governo avalia usar moradias de Bertioga para desabrigados das chuvas em SP
Alckmin disse haver 1,5 mil apartamentos no local; intenção é levar famílias de forma temporária
Lis Cappi
O governo federal trabalha com a possibilidade de levar parte das famílias afetadas pelas chuvas em São Paulo para apartamentos do Minha Casa, Minha Vida em Bertioga, no litoral paulista. O anúncio foi feito pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, neste sábado (25.fev), após visita em São Sebastião - região que enfrenta as maiores dificuldades após a tragédia.
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Segundo Alckmin, existem 1.500 apartamentos no local, que estão cadastrados junto a um programa estadual de moradia chamado "Entidades". As construções foram feitas para famílias de Bertioga, mas uma proposta será tratada junto a Caixa Econômica Federal para que parte dos espaços seja cedida de forma temporária aos afetados pelas chuvas.
"Há um programa chamado Entidades para uma população específica. Vamos ver se uma parte disso pode ser atendida por emergência. Depois, claro, vai ter que construir as unidades habitacionais necessárias", declarou Alckmin.
Mais cedo, o governo de São Paulo publicou um decreto que define a desapropriação no bairro do Sahy, em São Sebastião, e o início de um programa de habitação para os moradores da área. Uma área plana de propriedade privada superior a 10 mil m² foi anunciada para as construções.
Alckmin afirmou que recursos federais vão apoiar o projeto de São Paulo e citou que mudanças no orçamento vão permitir a medida. "Se pegar orçamento deste ano, o item que teve maior acréscimo no chamado extrateto foi exatamente para moradia. São R$ 10,5 bilhões e prioridade para a chamada faixa 1, exatamente famílias de menor renda", disse.
"Então essa é a prioridade, o governo do estado pode contar com o Ministério das Cidades, área habitacional para ser parceiro no financiamento dos recursos para unidades habitacionais", completou.
O vice-presidente também foi questionado a respeito do suporte às mudanças em saneamento, e respondeu que apesar de ser um encargo estadual, há intenção de que o governo federal também apoie a área: "Saneamento é estadual, mas tudo que o governo federal puder, a ordem do presidente Lula é de parceria, então o governo federal vai ajudar".
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