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Nos EUA, Lula e Biden defendem democracia e união contra crise climática

Relação Brasil x EUA: "É muito importante que nós estejamos juntos", diz Lula

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Lula e Biden acenam na Casa Branca
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em encontro na Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos, nesta 6ª feira (10.fev) defenderam a democracia e reforçaram a parceria contra crise climática. Após encontro, o petista afirmou que os EUA devem passar a integrar o Fundo Amazônia. A função do Fundo é financiar projetos de preservação da floresta e contribuir com o combate ao desmatamento.

O presidente brasileiro estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva. Antes da reunião no Salão Oval da residência oficial do governo norte-americano, os três conversaram brevemente e posaram para fotos. A tarde, sob olhares da imprensa, Lula e Biden falaram por cerca de 20 minutos. Entre os temas, a importância da parceria entre os dois países no combate às mudanças climáticas e a defesa da democracia. 

"A democracia foi testada em nossos dois países. Nossas agendas mútuas soam muito semelhantes. Afirme o apoio inabalável dos EUA à democracia", disse Biden.

O presidente americano disse rejeitar a violência política e afirmou que deposita "grande confiança nas instituições democráticas". "Devemos continuar defendendo a democracia e nossos valores. Não apenas em nosso hemisfério, mas em todo o mundo. Estes são os nossos princípios fundamentais", continuou.

Em resposta Lula agradeceu o apoio e aproveitou para alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Afirmou que o Brasil esteve isolado nos últimos quatro anos e que agora ele atua para resgatar as relações. 

"O senhor sabe que o Brasil passou quatro anos se automarginalizando. O presidente não gostava de manter relações com nenhum país. O mundo dele começava e terminava com fake news: de manhã, de tarde, e de noite. Ele parece que menosprezava relações internacionais", relatou o petista.

Biden quebou o protocolo, sorriu e respondeu que o comportamento "lhe soa familiar", em referência a política externa adotada pelos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump.

Janja, Lula e Biden no Salão Oval, Washington (EUA) | Ricardo Stuckert/PR

Democracia e polarização

Mais cedo, antes da reunião com Biden, em entrevista à CNN americana, Lula falou dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília e da invasão ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021. E comparou a divisão política no Brasil e nos Estados Unidos. 

"Aqui (EUA) também há uma divisão, muito mais ou tão séria quanto o Brasil democratas e republicanos estão muito divididos. Ame ou deixe-o, é mais ou menos isso que está acontecendo", disse Lula à Christiane Amanpour da CNN em Washington. O presidente brasileiro afirmou, no entanto, que o Brasil não tem "uma cultura de ódio".

Lula criticou a política de Jair Bolsonaro (PL) a quem chamou de "fiel imitador de Trump", em referência ao ex-presidente americano de extrema direita. "Os dois não gostam de sindicatos. Eles não gostam do setor empresarial. Eles não gostam de trabalhadores, não gostam de mulheres. Eles não gostam de negros", afirmou Lula.

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