Publicidade
Governo

Lula passa por 1º mês de governo com avanço político no Congresso e no exterior

Primeiros 35 dias petistas foram marcados ainda por revogação de decretos e crise yanomami

Imagem da noticia Lula passa por 1º mês de governo com avanço político no Congresso e no exterior
Luiz Inácio Lula da Silva
• Atualizado em
Publicidade

Trinta e cinco dias marcam o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o momento. Entre o período de 1º de janeiro a este sábado (4.fev), uma série de mudanças - e crises - partiram do Planalto. Logo de início, propostas para revogar decretos de Jair Bolsonaro (PL), como alterações relacionadas à política de armas, e troca de militares que atuaram com o antigo mandatário. O período de governo também marca mudanças nas relações internacionais, o desenrolar dos ataques aos Três Poderes e às urgências em assistência a povos indígenas, em especial para a população yanomami.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Como apontado desde o período de campanha, o petista alterou uma série de decisões de Bolsonaro. Entre elas, a facilitação ao acesso de armas de fogo, a derrubada do sigilo de 100 anos em informações, imposto por Bolsonaro, e a retomada do Fundo Amazônia.  Outros ministérios também revogaram decisões. Como o da Saúde, que voltou atrás em portaria que obrigava médicos a informarem policiais de casos de aborto. Lula ainda encerrou processos de privatização de estatais, como Petrobras, Correios e EBC

Entre as mudanças, também esteve a troca no Comando do Exército - e a demissão de militares, que atualmente ultrapassa a casa dos 150. As alterações foram adotadas após avanço de atos antidemocráticos, que culminaram na invasão aos Três Poderes em 8 de janeiro. Após a ação extrema, o governo Lula ainda estipulou o emprego da força nacional e fez uma intervenção federal no Distrito Federal - unidade da federação responsável pela segurança dos locais. O local esteve, até o fim de janeiro, sob o comando do interventor Ricardo Cappelli. As investigações para entender a falta de estrutura para frear os atos ainda seguem em andamento.

Yanomamis

A crise indígena em Roraima, que atinge principalmente o povo yanomami, também foi destaque nos primeiros dias do governo. Após aumento de denúncias na região, Lula visitou a área ao lado de ministros e criou um grupo de trabalho para atender necessidades em saúde e desnutrição. Entre crianças, adultos e idosos, foram mais de 500 mortes por falta de assistência e pelo avanço do garimpo ilegal. Ações para atender comunidades e frear impactos ambientais negativos seguem em andamento.

+ "Nós resolvemos parar com a brincadeira, não terá mais garimpo" diz Lula

Avanços políticos

Articulações no Congresso mostraram êxito com a recondução de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o comando do Senado. O nome defendido pelo governo manteve o favoritismo, mesmo após crescimento de espaço do bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN). Na Câmara, Lula também apoiou a reeleição de Arthur Lira (PL-AL). O apoio a ambos reflete em sinalizações de que levarão à frente a Reforma Tributária, prometida pelo governo ainda no primeiro semestre.

Os avanços também se mostraram no exterior. Em janeiro, o petista fez a primeira viagem internacional do terceiro mandato, visitando a Argentina e o Uruguai. Em ambos discutiu mudanças econômicas e de apoio ao Mercosul. No país argentino foi apresentada a intenção em se criar uma moeda comum. No início da semana, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz visitou o país, e afirmou que é bom ter o Brasil de volta no cenário internacional. O petista também quer mudanças na área e indicou, pela primeira vez, uma mulher para a embaixada mais cotada por ser considerada a principal do Brasil: a em Washington. Maria Luiza Ribeiro Viotti foi a embaixadora indicada e recebeu o aval dos Estados Unidos. Agora passará pelo Senado.

+ Lula diz que acordo entre UE e Mercosul pode sair do papel até junho

Moradia

No período de governo, Lula também segue em uma forma de moradia pouco convencional - um hotel, no centro de Brasília. O mesmo em que está desde a época de transição. A permanência no local é atribuída à falta de estrutura no Palácio do Alvorada. Apontado pelo atual governo como um espaço que não recebeu manutenção e precisa passar pela conclusão de reformas. Segundo publicação do Diário Oficial da União, a atual hospedagem do petista tem um custo mensal de R$ 216 mil.

Leia também:

+ "Estamos muito felizes do Brasil estar de volta à cena mundial" afirma Scholz

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade