Anielle Franco e Sônia Guajajara adiam posse após tentativa de golpe
Ministras iriam realizar cerimônia no Palácio do Planalto, destruído por manifestantes
Camila Stucaluc
As ministras Anielle Franco e Sônia Guajajara anunciaram, no domingo (8.jan), que irão adiar as cerimônias de posse devido à invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília. Nesta semana, as políticas iriam assumir, respectivamente, o comando do Ministério da Igualdade Racial e do Ministério dos Povos Indígenas.
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Em nota, as ministras justificaram o adiamento das cerimônias devido a questões de segurança. Isso porque, durante os atos terroristas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíram grande parte do Congresso, do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, onde ocorreriam os eventos.
"Nos últimos dias, o Min. da Igualdade Racial e o Min. dos Povos Originários estavam organizando esse mesmo lugar para uma ocupação política histórica. Na véspera, esse local é invadido e depredado por terroristas por uma tentativa de golpe. Defenderemos a democracia até o fim", escreveu Anielle Franco, condenando os atos.
Todos os 37 ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram empossados oficialmente no dia 1º de janeiro, mas as cerimônias para simbolizar a transição dos cargos são feitas separadamente. Os eventos ocorrem desde a última semana, sendo realizados no Palácio do Planalto e no Centro Cultural Banco do Brasil.
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