Mourão diz que litro da gasolina não volta a R$ 4
Vice-presidente classificou como "histeria" variações do preço do barril do petróleo no mercado internacional
André Anelli
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse nesta 4ª feira (16.mar) que acha improvável o preço interno do litro da gasolina baixar para a casa dos R$ 4,00, mas que vê espaço para uma diminuição nas bombas, após uma eventual solução do conflito armado entre Rússia e Ucrânia e normalização da economia com a superação da pandemia.
"Uma realidade a gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos de viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina, vai ser difícil isso acontecer", disse o vice, que completou ainda: "Essa questão do preço do petróleo é muita histeria, né? Porque houve uma variação, vamos dizer assim, violenta no preço do petróleo, fruto, primeiro, da questão da pandemia, do retorno da atividade econômica, e, posteriormente, desse conflito absurdo lá na Rússia, na Ucrânia".
No último dia 11, a Petrobras anunciou aumento de preços após 57 dias sem reajustes: 18,8% sobre o litro da gasolina e 24,9% sobre o diesel. O gás GLP também foi alvo do reajuste, com 16% após mais de 150 dias. A Rússia é a segunda maior exportadora de Petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita. A diminuição ou interrupção total do fornecimento da matéria-prima de combustíveis pelo país faz a oferta diminuir e os preços subirem.
Mesmo diante da questão internacional, Bolsonaro disse no fim de semana que a Petrobras não tem sensibilidade com os brasileiros. A empresa, por sua vez, declarou que o reajuste foi necessário para evitar risco de desabastecimento.