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Governo lança Plano Nacional de Fertilizantes às pressas

Temendo desabastecimento, Ministério da Agricultura pretende incentivar produção nacional

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Fábrica de fertilizantes no interior de São Paulo: plano de lançamento | Jacques Lepine/Estadão Conteúdo
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O Ministério da Agricultura vai lançar nesta 6ª feira (11.mar) o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). A iniciativa já vinha sendo formatada pela pasta, mas seu lançamento precisou ser acelerado por conta do conflito armado russo com a Ucrânia. A Rússia é responsável por cerca de 25% do total de fertilizantes usados no agronegócio brasileiro, como potássio. A guerra provocada pelo país com o vizinho europeu dificulta o pagamento e transporte dos insumos até o Brasil, que podem acarretar no desabastecimento para a próxima safra.

Os detalhes do plano serão informados em cerimônia oficial no Palácio do Planalto na data de lançamento. Mas, de acordo com o Ministério da Agricultura, será uma referência para o planejamento do setor de fertilizantes nas próximas décadas, com objetivo de promover o desenvolvimento do agronegócio nacional, com foco nos principais elos da cadeia: indústria tradicional, produtores rurais, cadeias emergentes, novas tecnologias, uso de insumos minerais, inovação e sustentabilidade ambiental.

A pasta reconhece ainda que será uma ferramenta para reduzir a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados e, consequentemente, às vulnerabilidades decorrentes. "Ao atender crescente demanda por produtos e tecnologias, as medidas estabelecidas pelo PNF buscam readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação, com potencial para tornar o Brasil um protagonista no mercado mundial de fertilizantes", encerra a nota.

Após o agravamento do confronto entre Rússia e Ucrânia, a ministra Tereza Cristina disse que o Brasil não corria risco de ter a produção atual inviabilizada, porque o momento é de colheita da primeira safra e plantio da segunda, com temporadas iniciadas no ano passado. No entanto, os chamados "estoques de passagem" de fertilizantes não são suficientes para o início da próxima safra, em meados de setembro.

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