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Regras sobre produtos de áreas desmatadas é protecionismo, diz chanceler

União Europeia propôs proibição de commodities provenientes de locais desmatados

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Ministro criticou apoio do governo da França ao setor agrícola do país (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, classificou como "protecionismo" as regras globais publicadas pela União Europeia (UE), em 17 de novembro, para proibir commodities, como soja, café, carne bovina, cacau, madeira, óleo de palma e alguns derivados, provenientes de terras desmatadas.

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Carlos França falou sobre o assunto em entrevista ao jornal britânico Financial Times, publicada neste domingo (28.nov). Ao veículo, pontuou: "O que não posso aceitar é usar o meio ambiente como forma de protecionismo comercial. É ruim para o consumidor [e para] o fluxo comercial".

O chanceler disse achar que "há uma certa miopia da União Europeia". A medida de proibição proposta impactará as exportações de produtos agrícolas brasileiros para a Europa, mas segundo a UE, deverá "reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade".

Ainda na entrevista, o ministro criticou apoio do governo da França ao setor agrícola do país: "Eu entendo as razões políticas internas que o governo francês tem para apoiar seus agricultores. Não é ambientalmente correto que eles dêem subsídios [agrícolas]. Porque a terra e a água são recursos escassos e operá-los de forma ineficiente não é sustentável. É melhor plantar aqui no Brasil, onde a agricultura está cada vez mais avançada tecnologicamente, do que produzir na França".

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