Bolsonaro: mudar marco temporal é risco para segurança alimentar
Presidente fala em prejuízos ao agronegócio caso o STF altere a política de demarcação indígena
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar nesta 6ª feira (17.set) sobre os prejuízos no agronegócio caso o Supremo Tribunal Federal mude o marco temporal na demarcação das terras indígenas.
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" É um risco para a segurança alimentar do Brasil e do mundo", afirmou em discurso em Arinos/MG, onde houve o lançamento do projeto Pró-Águas Urucuia, que busca revitalizar bacias hidrográficas.
A votação do marco temporal, que diz respeito à demarcação de terras indígenas, voltou a ser adiada na última 4ª feira (15.set) no Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, a suspensão veio por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. Com a medida, a volta do caso para o plenário da Corte fica sem data definida, a depender de Moraes.Até o momento, dois ministros votaram. O relator do caso, Edson Fachin, que foi contra o marco temporal, e o ministro Nunes Marques, que se colocou a favor da medida. O placar da votação está em 1x1.
Analistas políticos acreditam que o assunto pode ser levado à Assembleia Geral das Nações Unidas pelo presidente na próxima semana, mas Bolsonaro não confirmou, "Na próxima 3ª feira (21.set) estarei participando do discurso da ONU. Podem ter certeza que lá teremos verdades, ká teremos realidades o que é o nosso Brasil e o que representa para o mundo", afirmou.
Bolsonaro também destacou que apesar das calúnias e difamações "vale a pena ser presidente". Ele afirmou ser confortante "saber que na minha cadeira lá em Brasília não está sentado um comunista".
Bastante aplaudido pelo público de Minas Gerais e chamado de "mito", o presidente voltou a dizer que "só Deus o tira do cargo".
Ao lado do governador mineiro Romeu Zema e de ministros, o presidente participou de evento que prevê beneficiar moradores de 14 cidades de Minas Gerais e Goiás e teve um investimento de R$ 105 milhões. Na proposta do projeto Pró-Águas Urucuia também há previsão do plantio de 4,5 milhões de mudas nativas do cerrado ao longo de sua execução.