"Risco é menor", diz Mourão sobre Copa América no Brasil
O vice-presidente disse que o risco continua, mas é menor pela amplitude do país
SBT News
Após o anúncio da realização da Copa América no Brasil, nesta segunda-feira (31.mai), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que o risco de aumentarem as contaminações pelo novo coronavírus existe, mas é menor aqui do que na Argentina ou na Colômbia. Mourão justificou a relativa segurança pela amplitude territorial do País.
"A vantagem nossa é a amplitude do país e a quantidade de estádios, que a gente pode dispersar", disse o vice-presidente ao deixar o Palácio do Planalto no início da tarde. "Vamos dizer o seguinte: não é que seja mais seguro. É menos risco. Não é mais, é menos. O risco continua."
Repercussão
A Conmebol ( Confederação Sul-Americana de Futebol) anunciou a transferência após impasses com os países sedes do torneio, Argentina e Colômbia, que enfrentam aumento no número de casos de Covid-19. O calendário previsto acontecerá entre 13 de junho e 10 de julho.
O ex-candidato à presidência, em 2018, Ciro Gomes (PDT-CE) expressou indignação com a reação do governo perante a notícia da transferência. Pouco após a fala do vice-presidente, o pedetista ironizou a presteza em atender a solicitação futebolística nas redes sociais.
Bolsonaro demora meses para responder ofertas de vacinas contra Covid, mas leva horas para aceitar que a Copa América aconteça no Brasil. Prioridades bem definidas de um governo genocida!
? Ciro Gomes (@cirogomes) May 31, 2021
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também se posicionou sobre o assunto. O carioca comparou os números dos países que recusaram a hospedagem do campeonato com os índices brasileiros: "retrato de um governo assassino."
A Argentina recusou a Copa América por causa do agravamento da pandemia. Lá, a média móvel de mortes nos últimos sete dias foi de 470 pessoas... Aqui, é de 1.844. QUATRO VEZES MAIOR. Esse é o retrato de um governo assassino.
? Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) May 31, 2021