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Secretária de Enfrentamento à Covid pede demissão após 9 dias no cargo

Médica Luana Araújo criticou, no ano passado, o uso de cloroquina para tratamento contra coronavírus

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Luana Araújo
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Nove dias após ser nomeada, a médica infectologista Luana Araújo pediu demissão do cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde. O anúnciou ocorreu na 6ª feira (21.mai) e a pasta confirmou neste sábado (22.mai), mas sem justificar o motivo para a desistência. Ela foi nomeada pelo minsitro da Saúde, Marcelo Queiroga, no último 12 de maio.

Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luana é pós-graduada pela Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. Em seu discurso de nomeação, a médica disse que trabalha "com preparo e resposta" e que atuou na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Já Queiroga afirmou, na ocasião, que a indicação de uma pessoa técnica havia sido uma determinação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O ministério informou, em nota, que "a pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas. A pasta agradece à profissional pelos serviços prestados e deseja sucesso na sua trajetória".

Em junho do ano passado, Luana publicou uma crítica em relação ao uso da cloroquina e da ivermectina para o tratamento da covid. Os medicamentos não têm eficácia comprovada contra a doença, apesar de serem defendidos por Bolsonaro. Nas redes sociais, a infectologista disse que o "tratamento precoce" era "neocurandeirismo. Iluminismo às avessas. Brasil na vanguarda da estupidez mundial", escreveu ela. 

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