Vacinação em massa é a solução, diz Paulo Guedes sobre desemprego
Ministro da Economia e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falaram sobre impactos da pandemia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta 3ª feira (27 abr.) que a vacinação em massa é a principal medida a ser adotada para que pessoas de classes menos favorecidas consigam voltar a trabalhar no Brasil. A declaração foi dada durante a manhã, em conversa iniciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com apoiadores do governo, na entrada do Palácio da Alvorada.
Segundo o ministro, "os desassistidos que o presidente nos pediu pra proteger desde o início, que eram os invisíveis, é esse pessoal que ele visita nos fins de semana, vai ver a geladeira e olha lá e está com dificuldade justamente porque é, como ele diz, quem vende água no sinal, quem vende o churrasquinho de gato, quem vende refrigerante na praia ou no estádio de futebol, esse pessoal está sem capacidade para voltar ao trabalho porque estamos nesse combate à pandemia, que é o distanciamento social".
+ Bruno Funchal pode substituir Wladery Rodrigues na Secretaria de Fazenda
Também de acordo com Guedes, é preciso se preocupar tanto com a saúde quanto com o emprego, no atual cenário, pois "não dianta se salvar da pandemia e morrer de fome porque não consegue voltar ao trabalho". "Então a solução pra isso é, primeiro, vacinação em massa, porque com a vacinação em massa você consegue a volta segura ao trabalho e é o que está acontecendo", completou.
Ainda durante a conversa, o ministro disse que o Brasil abriu cerca de 140 mil vagas com carteira assinada em 2020 porque o governo conseguiu "manter os sinais vitais da economia funcionando". Já Bolsonaro sugeriu não ser culpado pelo desemprego: "Primeiro que quem fechou comércio não fui eu, eu não fechei uma rua e nunca insinuei que fecharia nada apesar de ter poderes para isso, mas jamais usarei qualquer força que o Estado tem pra prender o povo em casa, jamais".
Auxílio emergencial e educação
Na mesma conversa, Bolsonaro chamou a atenção também para o fato de que o auxílio emergencial, criado pelo governo, chegou a ajudar 68 milhões de pessoas durante a pandemia no ano passado, mas reforçou que não havia dinheiro para manter o valor das parcelas e, por isso, ele foi reduzido em 2021. "É que você pega empréstimo em tudo quanto é lugar e chega uma hora que ninguém mais quer emprestar pra você, esse auxílio emergencial é endividamento", disse.
+ Deputada apresenta projeto para que auxílio volte a ser de R$ 600
Outro assunto abordado pelo presidente diante dos apoiadores foi a educação no país: "A educação há muito tempo não é boa no Brasil, no nosso tempo era boa, escola pública era uma coisa excepcional, não estou culpando os professores, não, deixar bem claro isso aí. Mas era diferente, naquela época existia disciplina, hierarquia... hoje em dia a escola pública perdeu muito com a doutrinação".
Para Bolsonaro, "uns querem que a gente resolva imediatamente, não dá pra resolver, fazemos o possível, vocês não veem mais aquela doutrinação aquela sexualização da escola, praticamente zerou no nosso governo, ninguém quer o filho dele com 6, 7 anos de idade envolvido com sexo".