Governo
Sem provas, Bolsonaro questiona voto eletrônico pela 2ª vez no mesmo dia
Presidente diz que, com o voto em cédula, a recontagem podia localizar fraudes
Nathália Fruet
• Atualizado em
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o sistema de votação brasileiro no início da noite desta 2ª feira (16.nov). Segundo ele, falta no Brasil uma maneira de auditar os votos computados nas urnas eletrônicas. "O que nós todos estamos devendo, não depende apenas de mim, é uma maneira de auditar esses votos para que não haja dúvida", disse o presidente a apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada. A conversa durou cerca de meia hora.
O presidente ainda relembrou da época que o voto era em cédula e disse que, naquele tempo, as fraudes podiam ser localizadas com uma recontagem.
A fala de Bolsonaro contraria a demonstração de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já mostraram que o voto na urna eletrônica é vistoriado - inclusive com o acompanhamento de fiscais dos partidos que disputam a eleição.
No domingo (15), o presidente da Corte eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, ressaltou que todas as urnas imprimem a chamada zerézima, que é o documento impresso no início do processo de votação para comprovar que não há nenhum voto computado e depois no fim com a totalização dos votos computados.
No fim da tarde desta 2ª, o presidente do TSE rebateu de novo as acusações de que o voto no Brasil não é seguro e confirmou que os órgãos de investigação estão apurando uma ação orquestrada no domingo, durante a eleição, para desacreditar o sistema eleitoral no Brasil. Há suspeita, conforme Barroso, do envolvimento de grupos extremistas já investigados pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente do TSE não detalhou se os grupos estão ligados ou são os militantes bolsonaristas investigados no inquérito dos protestos antidemocráticos.
"Milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF", afirmou, em entrevista coletiva.
O presidente ainda relembrou da época que o voto era em cédula e disse que, naquele tempo, as fraudes podiam ser localizadas com uma recontagem.
Pela manhã, Bolsonaro já havia questionado a segurança do sistema de urnas eletrônicas."No meu tempo, que sou mais velho que todos vocês aqui, tinha papel. O cara podia fraudar na contagem do papel, mas, se pedir uma recontagem, levantava os votos corretos".
TSE DEFENDE SISTEMA
A fala de Bolsonaro contraria a demonstração de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já mostraram que o voto na urna eletrônica é vistoriado - inclusive com o acompanhamento de fiscais dos partidos que disputam a eleição.
No domingo (15), o presidente da Corte eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, ressaltou que todas as urnas imprimem a chamada zerézima, que é o documento impresso no início do processo de votação para comprovar que não há nenhum voto computado e depois no fim com a totalização dos votos computados.
No fim da tarde desta 2ª, o presidente do TSE rebateu de novo as acusações de que o voto no Brasil não é seguro e confirmou que os órgãos de investigação estão apurando uma ação orquestrada no domingo, durante a eleição, para desacreditar o sistema eleitoral no Brasil. Há suspeita, conforme Barroso, do envolvimento de grupos extremistas já investigados pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente do TSE não detalhou se os grupos estão ligados ou são os militantes bolsonaristas investigados no inquérito dos protestos antidemocráticos.
"Milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF", afirmou, em entrevista coletiva.
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