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Governo declara apoio aos princípios do 5G norte-americano

Endosso do governo sinaliza exclusão da gigante chinesa Huawei no leilão 5G marcado para 2021

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Keith Krach (esq.) com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Foto: Ministério das Relações Exteriores
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Após passar 3 dias no Brasil, o secretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos EUA, Keith Krach, fez uma declaração na noite desta 3ª feira (10.nov), no Itamaraty, ao lado do secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, Pedro Miguel da Costa e Silva.

Keith defendeu a Clean Network - em tradução para o português, "Rede Limpa" -, um plano de governo dos Estados Unidos envolvendo a tecnologia 5G que conteria a participação de empresas chinesas, em especial a Huawei, nos leilões para implantação da infraestrutura. Segundo o secretário, a tecnologia pode ajudar no combate aos cibercrimes e à lavagem de dinheiro.

O governo norte-americano também sustenta que a participação de empresas chinesas pode ser uma possível ameaça à segurança nacional.

Sem responder perguntas da imprensa, o secretário brasileiro, Pedro Miguel da Costa e Silva, afirmou que o país endossa a iniciativa. "O Brasil apoia os princípios contidos na proposta do Clean Network feita pelos EUA, inclusive na OCDE, destinados a promover no contexto do 5G e outras novas tecnologias um ambiente seguro, transparente e compatível com os valores democráticos e liberdades fundamentais", disse.

A expectativa é que o leilão 5G seja realizado em 2021. O Brasil é o primeiro país da América Latina a apoiar o Clean Network. Apesar disso, não existe um documento firmado entre os dois países. 

Também nesta 3ª feira, em uma videoconferência do Bloomberg Emerging + Frontier Forum 2020, o ministro Paulo Guedes disse que a questão ainda está sendo discutida, mas que a experiência de outros países será considerada. "O Reino Unido impediu os chineses no centro do sistema de 5G, mas permitiu que as empresas chinesas atuassem na periferia das redes. Estávamos indo nessa direção antes da pandemia. Não queremos perder a revolução digital, mas há esses alertas geopolíticos. No momento, ainda estamos analisando".
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