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"Vender estatal não é de uma hora para outra", desabafa presidente

Jair Bolsonaro conversou com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada sobre as alternativas para financiar o Renda Cidadã, que vai substituir o Bolsa Família

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"Vender estatal não é de uma hora para outra", desabafa presidente
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Um dia depois do anúncio da criação do novo programa social do governo, o Renda Cidadã, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo segue estudando alternativas para financiar o projeto. 

"Sabemos que não tem recurso, então estamos buscando alternativa. Alguns falam 'pega dos precatórios, vende algumas estatais'. Vender estatal não é de uma hora para outra, assim, não. É um processo enorme, tem que ter um critério para isso, não pode queimar estatal, você tem que vender estatais para uma finalidade. Se bem que para essa finalidade é possivel de ser estudado, antes que o mercado desabe novamente", disse o presidente, em conversa com apoiadores na manhã desta terça-feira (29.set), no Palácio da Alvorada. 

Em seguida, o presidente tentou aliviar o ambiente junto ao mercado financeiro - e pediu sugestões dos investidores. "Pessoal do mercado, também, não estou dando recado para vocês. Se o Brasil for mal, todo mundo vai mal. Aquele ditado, 'estamos no mesmo barco', é o mais claro que existe no momento. O Brasil é um só. Se começar a dar problema, todos sofrem. Pessoal do mercado também não vai ter renda. Vocês vivem disso, de aplicação. E nós queremos, obviamente, estar de bem com todo mundo. Mas peço, por favor, ajudem com sugestões, não com críticas", declarou. 

Nesta segunda (28.set), o presidente anunciou a criação do novo programa de transferência de renda que vai substituir o Bolsa Família, depois de uma reunião com líderes de partidos da base do governo no Congresso. De acordo com a proposta anunciada, os recursos para o projeto viriam também de parte do Fundeb e da rubrica para pagamento de precatórios - dívidas do governo já fixadas pela Justiça. O uso dessas fontes gerou polêmica entre especialistas, por suscitar dúvidas quanto ao compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e a manutenção do teto de gastos. Depois do anúncio, a Bolsa de Valores também registrou queda de mais de 2%, e atingiu o nível mais baixo desde junho.

Na declaração aos correligionários, nesta terça (29.set), o presidente disse que milhões de empregos foram destruídos com a pandemia, e que mais de 20 milhões de brasileiros ficarão praticamente sem renda, com o fim do auxílio emergencial. 

Na avaliação de de Bolsonaro, tudo o que o governo, ou "gente ligada ao governo", pensa, acaba sendo transformado em "críticas monstruosas".O presidente disse, ainda, que o país pode ter graves problemas sociais no ano que vem - e que a esquerda pode se aproveitar da situação.  

"Quero ver alternativa, porque se esperar chegar em 2021, para ver o que vai acontecer, podemos ter problemas sociais gravissimos no Brasil. Estou falando problemas sociais que é uma forma educada de falar de distúrbios sociais,que a esquerda pode aproveitar-se e incendiar o Brasil".
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