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Zagueiro Juan Izquierdo morre em São Paulo aos 27 anos

Atleta do Nacional, do Uruguai, estava internado desde que sofreu uma arritmia cardíaca em partida contra o São Paulo, no Morumbi

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Morreu, nesta terça-feira (27), o zagueiro uruguaio Juan Izquierdo. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, desde que sofreu uma arritmia cardíaca, na última quinta-feira (22), na partida entre São Paulo e Nacional-URU, no Morumbi, pela Libertadores.

Izquierdo foi socorrido de ambulância no gramado do Morumbi após desmaiar durante o jogo. No caminho do hospital, o jogador sofreu uma parada cardíaca e precisou ser reanimado. Na sequência, foi internado na CTI do Albert Einstein, mas não respondeu aos tratamentos e faleceu após cinco dias.

No boletim divulgado na noite desta terça, o hospital informou que Izquierdo teve "morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca".

De acordo com o presidente do clube uruguaio, Alejandro Balbi, o jogador nunca teve problemas cardíacos detectados nos exames de rotina do Nacional.

"Com a mais profunda dor e impacto em nossos corações, o Clube Nacional de Futebol anuncia a morte do nosso querido jogador Juan Izquierdo. Expressamos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos, colegas e parentes. Todo o Nacional está de luto pela perda irreparável", escreveu o clube nas redes sociais.

No último boletim divulgado pelo hospital, na segunda-feira (26), os médicos afirmaram que Izquierdo estava com "quadro neurológico crítico" e dependente de ventilação mecânica.

A morte também foi lamentada pelo São Paulo, que classificou o episódio como um "dia triste para o futebol".

"Nossas condolências aos familiares, amigos, colegas de trabalho, torcedores do Nacional e a todo o povo uruguaio neste momento de dor. Um dia triste para o futebol. Descanse em paz, Juan", escreveu o tricolor paulista.

É possível prevenir a arritmia?

A doença pode ser prevenida, em casos em que não há componentes genéticos ou de malformação do coração (cardiopatia congênita), pela redução ou eliminação dos fatores de risco que são, principalmente, pressão alta, consumo de álcool, obesidade, sedentarismo, alimentação desbalanceada, tabagismo estresse, além de disfunção do funcionamento da tireoide — hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Também podem colaborar com arritmia:

  • Anemia;
  • Doença de chagas;
  • Alguns medicamentos (principalmente para infecções respiratórias e alergias);
  • Consumo de bebidas energéticas;
  • Apneia do sono;
  • Diabetes.

Primeiros sinais de uma arritmia

Segundo o Hospital Rede D'Or São Luiz, a irregularidade nos batimentos cardíacos pode se apresentar até mesmo em repouso, quando o indivíduo sente o coração acelerar sem motivos (Fibrilação Arterial), além de batimentos rápidos e desordenados (Arritimias ventriculares) ou mais lentos (bradicardia) do que o normal, e também pode acontecer quando a pessoa sente o coração bater e fica com a impressão de que há uma falha entre uma batida e outra (Taquicardias supraventriculares).

Alguns dos sintomas mais comuns são dores no peito, palpitações, falta de ar e fadiga. Os pacientes também podem sentir tontura, desmaio, respiração curta e sensação do coração saindo pela boca.

Em certos casos a condição é assintomática, por isso é importante fazer exames como eletrocardiograma (ECG) regularmente. Holter, teste ergométrico, estudo eletrofisiológico também podem ser eficazes para diagnosticar a condição.

Como tratar?

Uma vez diagnosticada a condição, que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Arritimias Cardíacas (Sobrac), é importante acompanhamento médico para a prática de exercícios físicos, por exemplo.

De acordo com o Hospital Albert Einstein, o tratamento pode incluir medicamentos anticoagulantes, antiarrítmicos, cardioversão (choque elétrico no coração), ablação por cateter e marca-passos para detectar e tratar a condição precocemente e evitar seu ressurgimento.

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