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Polícia

Miguelito, do América-MG, é preso por injúria racial em jogo da Série B do Brasileirão

Boliviano teria chamado atacante Allano, do Operário-PR, de "preto cagão", em jogo disputado em Ponta Grossa (PR)

Imagem da noticia Miguelito, do América-MG, é preso por injúria racial em jogo da Série B do Brasileirão
Miguelito é meio-campista do América-MG | Mourão Panda/América-MG
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O meio-campista Miguelito, do América-MG, foi preso em flagrante por injúria racial contra o atacante Allano, do Operário-PR, neste domingo (4). O crime aconteceu durante partida das duas equipes, válida pela 6ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, disputada no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, no Paraná.

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O boliviano Miguel Ángel Terceros Acuña foi denunciado ainda no primeiro tempo do jogo, segundo registrado pelo árbitro Alisson Sidnei Furtado na súmula da partida. Aos 30 minutos da etapa inicial, ele teria chamado Allano de "preto cagão". O volante Jacy, que estava próximo aos dois, testemunhou a injúria racial.

Após ser comunicado, o juiz utilizou o protocolo antirracista da Fifa, adotado pela CBF no ano passado. Alisson Furtado cruzou os braços, em forma de "X", na altura do peito e paralisou a partida.

Árbitro utilizou o protocolo antirracista da Fifa e cruzou os braços em forma de "X" | Reprodução/Disney+
Árbitro utilizou o protocolo antirracista da Fifa e cruzou os braços em forma de "X" | Reprodução/Disney+

O árbitro, no entanto, alegou em súmula que nenhum integrante da equipe de arbitragem testemunhou o momento. Após 15 minutos de paralisação para uma possível verificação de imagens, o jogo foi retomado sem alterações ou cartão.

"Informo que nenhum integrante da equipe de arbitragem no campo de jogo viu e/ou ouviu tal incidente. Após a comunicação do atleta da equipe mandante, imediatamente foi realizado o protocolo antirracismo, em sua primeira etapa, a qual consiste na paralisação do jogo, realização do gestual antirracista e o anúncio feito no estádio explicando o motivo da paralisação do jogo e que se o incidente não cessasse, a partida seria interrompida", explicou na súmula.

Ao final do jogo, Miguelito e Allano foram encaminhados para a delegacia, onde o meia do América foi detido em flagrante. O crime de injúria racial, previsto na Lei 7.716/89, tem pena máxima prevista de 5 anos de reclusão.

Allano, do Operário-PR | Giovani Baccin/OFEC
Allano, do Operário-PR | Giovani Baccin/OFEC

Em nota, o Operário-PR informou que está buscando imagens e demais elementos que possam confirmar o ocorrido. Leia a nota completa do clube:

O Operário Ferroviário Esporte Clube repudia com veemência qualquer ato de racismo. Durante a partida de hoje (4/5), diante do América, o nosso atleta Allano relatou ter sido vítima de ofensas racistas por parte do jogador Miguelito, da equipe adversária.

O clube está buscando as imagens e demais elementos que possam confirmar os fatos e tomará todas as medidas cabíveis diante da gravidade da situação.

Reforçamos que o Operário está prestando todo o suporte necessário ao atleta Allano e seguirá firme em seu compromisso com a luta contra o racismo, dentro e fora de campo. Não vamos tolerar nenhuma forma de discriminação.

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