Eleição indefinida: 40 cidades aguardam decisões sobre candidaturas
Candidatos eleitos podem não assumir prefeituras em janeiro por pendências com a Justiça Eleitoral
Quarenta cidades brasileiras ainda não têm certeza se o candidato mais votado nas eleições municipais assumirá a prefeitura em 1º de janeiro. O impasse atinge municípios em 12 estados, com a maioria das pendências concentradas em São Paulo, onde 17 registros aguardam julgamento.
Em Jundiaí, interior de São Paulo, Gustavo Martinelli, do União Brasil, teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Em 2018, Martinelli foi condenado por improbidade administrativa após autorizar, como presidente da Câmara de Vereadores, um pagamento indevido de R$ 24 mil em horas extras a um procurador jurídico. Ele alega que seus advogados seguem tentando reverter a decisão.
A insegurança sobre a posse divide opiniões entre os moradores da cidade. “Não sabia que poderia ter outra eleição. Fiquei sabendo agora”, comentou Maria Cleusa Imperador, dona de casa. Débora Machado, operadora de caixa, destacou a importância de estudar bem os candidatos: “Não pode deixar de votar, tem que estudar melhor o candidato.”
Se os processos não forem concluídos até o dia da posse, o presidente da Câmara Municipal assumirá a prefeitura interinamente. Caso o indeferimento se torne definitivo, será convocada uma nova eleição, processo que pode levar até 50 dias, conforme explica a Justiça Eleitoral.
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A situação se repete em várias partes do país, afetando cidades em estados como Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Rio de Janeiro. As decisões pendentes mantêm eleitores como Maria Helena de Souza Lima, dona de casa, na expectativa: “Se for pra votar dez vezes, a gente vota dez vezes.”