Após carta de movimento negro, nordestino é incorporado à equipe de transição
Nomeação do jornalista Yuri Silva é uma reação ao documento, que lembrava votação de Lula na região
O jornalista e pesquisador de políticas de direitos humanos Yuri Silva, ativista do movimento negro baiano, vai integrar a equipe de transição do governo Lula (PT).
A nomeação acontece depois de o Coletivo de Entidades Negras (CEN) enviar carta ao presidente eleito questionando a ausência de representações do Nordeste no Grupo de Transição do Governo para a Igualdade Racial.
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O Nordeste é a região com maior proporção de pessoas autodeclaradas pretas e pardas -- negras -- do Brasil. A região deu 69,34% dos votos válidos ao petista no segundo turno.
"Recebemos com profundo pesar a notícia da composição do Grupo de Transição do Governo para a Igualdade Racial, sem a presença de representações da região Nordeste", diz parte do documento divulgado na última 6ª feira (11.nov).
Yuri exerce as funções de coordenador nacional do CEN e coordenador de Direitos Humanos do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE). Ele também é membro do Operativo Nacional da Convergência Negra, fórum de unidade que reúne 14 organizações nacionais e históricas do movimento negro brasileiro.
O jornalista participará da transição ao lado de ativistas como Douglas Belchior, Preta Ferreira, Thiago Tobias, Ieda Leal e Givânia Silva e de ex-ministros da Igualdade Racial dos governos Lula e Dilma, Martvs das Chagas e Nilma Lino Gomes.