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Em nova nota, Defesa diz que relatório não descarta possibilidade de fraude

Para militares, "mesmo não apontado, documento não excluiu existência de fraude" eleitoral

Em nova nota, Defesa diz que relatório não descarta possibilidade de fraude
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Em uma nova nota divulgada nesta 5ª feira (10.nov), as Forças Armadas alegam que "o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022".

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Na sequência, o ministério da Defesa lista "aspectos que demandam esclarecimentos". Entre eles, estão:

  • Possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a compilação do código-fonte;
  • Os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação;
  • Houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.

Para os militares, esses itens reforçam que "não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento".

O ministério da Defesa conclui a nota solicitando do Tribunal Superior Eleitoral, com urgência, "a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras", afirma. Leia a íntegra da nota:

Na 4ª feira (9.nov), um ofício enviado ao TSE pelo ministério da Defesa questionou o código-fonte do sistema eletrônico de votação. Entre os resultados apresentados do projeto das Forças Armadas, o ministério divulgou que em 1º turno, em comparação de 442 resultados, há um nível de confiança de 95%. E não foi encontrada qualquer inconsistência no processo eleitoral -- a margem de erro é de até 4,78 pontos percentuais. Os números foram os mesmos do 2º turno, quando foram comparados 501 resultados -- apenas a margem de erro é diferente, sendo de até 4,38 p.p.

Em nota, também na quarta-feira, o TSE respondeu ao ofício encaminhado pela Defesa, e destacou que o relatório militar não apresentou qualquer indicativo de fraude ou discordância dos resultados e no processo eleitoral.

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