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Eleições

AM: atual governador, Wilson Lima (União Brasil) é favorito à reeleição

O senador Eduardo Braga (MDB), ex-governador do estado, está atrás nas pesquisas desde o 1º turno

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Wilson Lima e Eduardo Braga
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O segundo turno das eleições no Amazonas caminha para a vitória do candidato favorito nas pesquisas até agora: o atual governador Wilson Lima (União Brasil), que concorre à reeleição. Nem mesmo as crises enfrentadas em seu governo, em especial na pandemia da covid-19 -- quando o estado registrou escassez de oxigênio em janeiro de 2021 --, colocaram o candidato na segunda posição das pesquisas de intenção de voto. Lima segue na liderança desde o fim do primeiro turno. 

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O atual governador teve 819.784 votos no primeiro turno, o que equivale a 42,82% dos votos válidos. Seu adversário, o candidato do MDB, Eduardo Braga, alcançou 401.817 votos, 20,99% dos votos.

Wilson Lima e Eduardo Braga são velhos conhecidos dos eleitores amazonenses, cada um à sua forma. Braga é senador pelo estado e tenta retomar ao cargo que já ocupou em 2006. Lima, antes de ganhar notoriedade na política, se tornou conhecido do grande público no Amazonas, em 2018, ao apresentar um programa policial local. Há quatro anos foi eleito na onda bolsonarista, que elegeu aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) em vários estados.

Alianças e plano de governo

O plano de governo do candidato Eduardo Braga é pensado em cinco grandes vetores: Zona Franca do futuro, gás para o desenvolvimento, potência mineral, riquezas da floresta e o celeiro de empregos. Braga também concetrou suas promessas no campo da saúde e do desenvolvimento, prometeu, por exemplo, a repetição do programa federal Luz Para Todos.

Já Wilson Lima, em seu plano de governo, listou propostas que ampliam o auxílio estadual, fortalecem o programa Prato Cheio e executam mais de 160 obras estruturantes. Lima segue na aliança fortalecida com o presidente Jair Bolsonaro.

O emedebista Eduardo Braga é apoiado pelo candidato à Presidência do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Na reta final de campanha, na tentativa de virar votos, os dirigentes do Partido dos Trabalhadores do Amazonas (PT-AM) e da Federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB) mobilizaram os diretórios estaduais para fortalecer a candidatura do senador ao governo estadual.

Desafios

Além de preservar o bioma Amazônia, o candidato eleito terá muitos desafios pelos próximos quatro anos. 

O Amazonas registrou, em 2021, a maior proporção de extrema pobreza dos últimos 10 anos. O estado passou a ocupar o segundo lugar no Mapa da Nova Pobreza por ter mais da metade da população (51%) considerada pobre. Os números foram divulgados pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). 

O estado se manteve entre os que têm as maiores taxas de trabalhadores na informalidade. Seis a cada 10 trabalhadores não têm carteira assinada. O Amazonas tem a terceira maior taxa de informalidade do país, com 58,8%. Em primeiro lugar está o Pará com 62,7% e em segundo, o Maranhão, com 59,4%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Perfil

Eduardo Braga tem 61 anos é natural de Belém (PA) e formado em Engenharia Elétrica, é senador em segundo mandato e ex-governador do Amazonas. O candidato foi vereador de Manaus (AM) em 1983 e deputado estadual, entre 1987 e 1991. Foi eleito governador do Amazonas em 2006 e senador em 2010 e 2018, onde ainda ocupa a função no Congresso. Braga também já foi ministro de Minas e Energia no governo de Dilma Rousseff. 

No ano passado, durante a CPI da Covid, no Senado, fez  defesa como líder do governo no Congresso, mas tentou fazer com que a crise de oxigênio fosse mais explorada na Comissão Parlamentar de Inquérito. 

Wilson Lima é de Santarém (PA), tem 46 anos e se destacou no estado ao apresentar o programa Alô Amazonas, em uma TV local. Em 2018, foi eleito governador do Amazonas (AM) pelo PSC, mas recentemente trocou de partido e se filiou ao União Brasil. Em setembro do ano passado se tornou réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por supostos crimes praticados no contexto do enfrentamento à pandemia da covid-19, em 2020. 

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