TSE proíbe propaganda do PT que associa Bolsonaro a canibalismo
Corte referendou decisão liminar do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, proferida sábado (08.out)
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu, por unanimidade, a veículação da propaganda eleitoral do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que associa o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao canibalismo. Os ministros referendaram a decisão liminar do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, proferida no útimo sábado (08.out), que avaliou que o trecho estaria sob "grave descontextualização".
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A referida propaganda deverá ser suspensa imediatamente de inserções, programas em bloco e também do site e da rede social dos representados e qualquer nova veiculação será impedida. A decisão ocorreu depois da coligação Pelo Bem do Brasil e o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, entrarem com uma representação no TSE, afirmando que as inserções trazem grave descontextualização de entrevista concedida por Bolsonaro em referência à temática indígena.
Na propaganda, Bolsonaro aparecia falando para um jornalista do New York Times, em 2016, que só não teria consumido a carne de um indígena morto em um ritual porque a comitiva em que estava não teve coragem. Na época, ele era deputado federal.
No último domingo (09.out), ao comentar a decisão liminar, Lula afirmou não se tratar de fake news. "A Justiça pediu pra tirar uma coisa nossa, não é fake news, esse que é o problema, nós não colocamos uma invenção, o que colocamos foi uma entrevista do presidente, ele falando para o jornalista do New York times, não é mentira, não é uma invenção", disse.